Edição 203 – 29/12/2015

É hoje o dia


Se qualquer demérito não há em jogar para a torcida, méritos também não os há. Quando se vive sob um governo que corta direitos trabalhistas e economiza cada centavo para fazer superávit primário, vociferar que a culpa pela modéstia das conquistas que se busca materializar é dos próprios servidores, organizados em sindicato, é conduta que só a ciência médica pode corretamente classificar.

Reafirmamos: nenhum servidor merece ser punido porque este ou aquele acha que sua palavra vale mais do que a decisão coletiva da categoria. A pauta, contemplando os aspectos gerais do serviço público federal e específicos da autarquia, foi decidida em Assembleias Gerais Nacionais. Depois de a presidente da República afirmar que já ganhávamos demais, o Sinal colocou-se em guarda. A primeira proposta oficial foi considerada insuficiente e dias de greve e mobilização pulularam pelo Banco Central. Novos termos foram oferecidos, muitos deles estendidos a outras carreiras de Estado. O governo apalavrou quatro questões ali demandadas, uma delas com duas alternativas. Tudo foi levado à Assembleia Geral Nacional que, ademais de ampla divulgação, contou com expressiva participação de colegas, que puderam registrar em urna a sua opinião sobre o que se negociava. O resultado foi comunicado ao governo, para que se produza o termo do acordo a ser assinado e levado ao texto dos PLs que ora se produzem.

Somente os recalcitrantes, que veem a sua bandeira particular fora do destaque que acham merecido, é que querem, com artifícios diversos, impedir a categoria de exercer a sua vontade. Querem submetê-la aos seus próprios desígnios, mas a direção sindical não o permitirá.

Os avanços são ainda pequenos, mas a vontade soberana do servidor do Banco Central é de embolsá-los, enquanto se prepara para os embates que virão. Se o realinhamento pleno não foi alcançado neste ano, é para isso que existe o próximo. Renovados na luta, vamos seguir o caminho que a gente escolheu. Vamos lá fazer o que será.

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