SINAL-SP INFORMA nº 31 - 27.6.13

Eleição do Conselho Editorial da Revista Por Sinal / QVT – Encontro em Porto Alegre / Psicologia do Trabalho – Simpósio em São Paulo / Saiu na imprensa


 

SINAL-SP INFORMA

     São Paulo, 27 de junho de 2013 – nº 31

FILIE-SE AO SINAL!

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ELEIÇÃO DO CONSELHO EDITORIAL DA REVISTA POR SINAL

Após a eleição da nova Diretoria Executiva, o Sinal está promovendo a escolha dos membros do próximo Conselho Editorial da revista Por Sinal, para o biênio 2013/2015. Os critérios são os já estabelecidos e vigentes, pelo Conselho Nacional (CN): sete conselheiros, sendo 3 membros natos − o Presidente Nacional do SINAL, o Diretor de Comunicação e o Diretor de Estudos Técnicos – e quatro membros fixos. Dois deles serão escolhidos entre os conselheiros do SINAL e as outras duas vagas entre os servidores do BC filiados ao SINAL e que não estiverem exercendo no momento qualquer cargo diretivo no sindicato.

As inscrições para as duas vagas de filiados não conselheiros deverão ser realizadas nas regionais do Sinal*.

O CN escolherá os participantes do Conselho Editorial com base na análise do currículo dos candidatos, sendo obrigatória sua apresentação. As inscrições serão aceitas nas regionais até o dia 01.7.2013.

Fonte: Apito Brasil nº 79, de 21/6/13

* Em São Paulo, a inscrição poderá ser feita pelo e-mailsinalsp@sinal.org.br ou por carta endereçada à sede do Sinal-SP: Avenida Paulista, 1754 – 14º andar – cjs. 141/144 – CEP 01310-920.

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QVT – ENCONTRO EM PORTO ALEGRE

O SINAL-SP esteve presente no 5º Encontro Nacional de Qualidade de Vida no Serviço Público, ocorrido em Porto Alegre (RS), no período de 18 a 20 de junho de 2013.

Participaram desse evento anual, promovido pela ISMA-BR (International Stress Management Association), as conselheiras Patrícia Alvim, Semíramis Wizentier e a filiada Marília Mader, bem como colegas de outras regionais (entre os quais Sérgio Belsito, diretor de Assuntos Previdenciários e representante do SINAL no comitê consultivo de Qualidade de Vida no Trabalho do Banco Central) e servidores de várias entidades.

Além de trabalhos técnicos, houve palestras e workshops com o objetivo de aprofundar as questões apresentadas. O diretor de QVT do SINAL, José Vieira Leite, um dos coordenadores do encontro, atuou como mediador em alguns trabalhos.

Na opinião das representantes do SINAL-SP, o encontro foi muito proveitoso, na medida em que não se restringiu a abordar programas e ações pontuais de QVT, mas propôs uma reflexão mais aprofundada sobre o sentido do trabalho para o servidor público e as reais causas de estresse, de desmotivação e de adoecimento nesse ambiente.

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PSICOLOGIA DO TRABALHO – SIMPÓSIO EM SÃO PAULO

No dia 12 de junho, os conselheiros Natalino Sakamuta, Patrícia Alvim e Semíramis Wizentier participaram do II Simpósio Internacional  de Psicologia do Trabalho: Economia Global, Emprego Local realizado pela Universidade Mackenzie.

Nesse encontro, o sociólogo espanhol Manuel Castells* proferiu palestra abordando a influência da globalização nas relações de trabalho.

De acordo com Castells, a globalização não é uma novidade; o que diferencia o processo atualmente são as tecnologias envolvidas que permitem um funcionamento em rede, uma articulação em tempo real.

Paralelamente ao desenvolvimento tecnológico, há mudanças também na organização do trabalho.

Aprofunda-se a distância entre o trabalho mais qualificado (autoprogramável) e o menos qualificado, a robotização do trabalho genérico, o avanço do trabalho informal e a concentração do trabalho estável no setor público. O talento individual ganha importância nas empresas e passa a ser elemento de aprofundamento das desigualdades.

Há uma contradição entre capital global e força de trabalho local. Apenas parte do trabalho autoprogramável, os “supertalentos”, pode ser globalizado. A maior parte da força de trabalho, no entanto, é local, implicando conflitos de interesse entre trabalhadores de uma mesma corporação em diferentes países.

Nesse contexto, capital e a produção podem movimentar-se mais livremente de acordo com os interesses corporativos e correlação de forças entre os países.

Essa dinâmica tem modificado profundamente as relações de trabalho estabelecidas após o advento da industrialização. A capacidade de organização dos sindicatos está sendo desintegrada aos poucos devido a essa mobilidade e às dificuldades decorrentes da contradição entre empresas globais e trabalhadores locais.

A tendência é a individualização crescente das relações de trabalho e a consequente perda de direitos anteriormente estabelecidos.

Castells acentuou que mecanismos de controle social e recuperação de direitos dos trabalhadores, reestabelecendo o Estado de Bem Estar, somente poderão ser recuperados a partir da compreensão dessas novas relações de trabalho.

* por oportuno, leia no quadro abaixo o que disse Castells a respeito de manifestações como as que vêm ocorrendo no Brasil  

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SAIU NA IMPRENSA

Manuel Castells analisa as manifestações em São Paulo

15/6/13

por Equipe Fronteiras

Sociólogo espanhol, Manuel Castells esteve no Fronteiras do Pensamento 2013 para a conferência ‘Redes de indignação e esperança’, homônima à sua mais recente obra, a ser lançada no Brasil em setembro (editora Zahar). Em São Paulo, no preciso momento de sua fala no Teatro Geo (11/06), a Avenida Paulista era espaço de tensão entre a polícia militar e os manifestantes contra o aumento das passagens de ônibus. Questionado pelo público sobre o que estava acontecendo na cidade, Manuel Castells respondeu:

Todos estes movimentos, como os movimentos sociais na história, são, sobretudo, emocionais. Não são pontualmente reivindicativos. Não é o transporte. Em algum momento, há um fato que provoca a indignação – por isso, meu livro se chama ‘REDES de indignação e esperança’  provoca a indignação e, então, ao sentir a possibilidade de estarem juntos, ao sentir que há muitas pessoas que pensam o mesmo fora do âmbito institucional, surge a esperança de fazer algo diferente. O quê? Não se sabe. Mas, com certeza não é o que está aí. Certamente, é outra coisa. Porque o fundamental, recordo-lhes, é que os cidadãos, em sua grande maioria, não se sentem representados pelas instituições democráticas.

Não estão contra a democracia. Não é a velha história da democracia, não é. Eles são contra esta precisa prática democrática em que a classe política se apropria da representação, não presta contas em nenhum momento e justifica qualquer coisa em função dos interesses que realmente interessam ao Estado e à classe política – ou seja, os interesses econômicos, tecnológicos e culturais – a estes sim a classe política tem respeito. Ela não respeita os cidadãos. Não é minha opinião. É isso que os cidadãos sentem e pensam: que eles não são respeitados.

Então, quando há qualquer pretexto que possa unir uma reação coletiva, concentram-se todos os demais. É daí que surge a indicação de todos os motivos – o que cada pessoa sente a respeito da forma com que a sociedade em geral, sobretudo representada pelas instituições políticas, trata os cidadãos. Junto a isso, há algo a mais. Quando falo do espaço público, é o espaço em que se reúne o público, claro. Mas, atualmente, esse espaço é o físico, o urbano, e também o da internet, o ciberespaço. É a conjunção de ambos que cria o espaço autônomo. Porém, o espaço físico é extremamente importante, porque a capacidade do contato pessoal na grande metrópole está sendo negada constantemente. Há uma destituição sistemática do espaço público da cidade, que está sendo convertido em espaço comercial. Shopping centers não são espaços públicos, são espaços privados organizando a interação das pessoas em direção a funções comerciais e de consumo. Os cidadãos resistem a isso.

Veja que interessante é o caso da Praça Taksim e do Parque Gezi, em Istambul. Há meses, eles estão protestando contra a destruição do último parque no centro histórico da cidade, onde seria construído um shopping center, um complexo dedicado aos turistas, que nega aos jovens o espaço que poderiam ter para se relacionar com a natureza, para se reunir, para existir como cidadãos. Portanto, é a negação do direito básico à cidade. O direito, como disse Henri Lefebvre, de se reunir e ocupar um espaço sem ter que pagar, sem ter que consumir ou pedir permissão a autoridades. Por isso, tenta-se ultrapassar a lógica da liberdade na internet à liberdade no espaço urbano.

Eu não posso opinar diretamente sobre os movimentos que estão acontecendo neste momento aqui em São Paulo, mas há algumas características de tentar manifestar que a cidade é dos cidadãos. E este é o elemento fundamental em todas as manifestações que eu observei no mundo.

O que muda atualmente é que os cidadãos têm um instrumento próprio de informação, auto-organização e automobilização que não existia. Antes, se estavam descontentes, a única coisa que podiam fazer era ir diretamente para uma manifestação de massa organizada por partidos e sindicatos, que logo negociavam em nome das pessoas. Mas, agora, a capacidade de auto-organização é espontânea. Isso é novo e isso são as redes sociais. E o virtual sempre acaba no espaço público. Essa é a novidade. Sem depender das organizações, a sociedade tem a capacidade de se organizar, debater e intervir no espaço público.

Fonte: Fronteiras do Pensamento

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