Em AGN, servidores do BC indicam nova paralisação

Em Assembleia Geral Nacional (AGN) nesta terça-feira, 30 de maio, os servidores do Banco Central do Brasil indicaram a continuidade da mobilização pela agenda de valorização da carreira. Na próxima terça-feira, 6 de junho, às 14h, haverá assembleia conjunta com servidores da carreira de Finanças e Controle (STN e CGU). Na semana seguinte, em 13 de junho, haverá nova paralisação, das 14h às 16h.

O evento da próxima semana terá o objetivo de dar continuidade à discussão, promovida em conjunto pelo SINAL e o Unacon Sindical, acerca de aspectos relacionados à reestruturação de carreira, como a retribuição por produtividade institucional, e estratégias de trabalho. Já no dia 13 de junho, a intenção é dar um recado claro da disposição do corpo funcional da Autarquia ao recrudescimento da luta, caso não haja avanços na pauta da categoria.

Na AGN desta terça-feira os discursos dos presentes convergiram sobre a importância de trazer novos colegas para o movimento reivindicatório. Portanto, o SINAL convoca você, servidor, a participar e convidar outros colegas, ativos, aposentados e pensionistas, para se somarem ao calendário de atividades. Esta é uma luta de todos nós!

Discurso

Compartilhamos abaixo, a pedido, o importante discurso feito pelo servidor Rodrigo Monteiro na assembleia desta terça-feira, conclamando os gestores para a mobilização da categoria. Por se tratar da transcrição de um discurso de improviso, pode ser que haja algumas incorreções, uma vez que decidimos preservar as frases conforme proferidas.

Hoje eu vou falar olhando o lado dos Gestores. Como todos sabem, sou Chefe Adjunto. Gostaria de conclamar os Gestores do Banco a também se integrarem ao movimento. Porque a vida dos Gestores hoje está bem complicada.

O Banco talvez esteja no menor patamar de funcionários, inclusive a cada dia agregando mais atividades e prestando mais serviços de relevância para a sociedade. Temos o PIX, o Real Digital na boca para sair. Ontem saiu alguma coisa sobre normatização de criptomoedas. São assuntos de ponta, de relevância para a sociedade.

Os Gestores ficam um pouco à margem das discussões e do movimento que está ocorrendo. É um problema cultural do Banco e dos nossos Gestores. A pessoa, ao assumir uma comissão, na medida que ela vai subindo mais na Carreira, vai se afastando dos movimentos!

Eu falo, “Gente, não é isto não!”. Eu sou Chefe Adjunto, inclusive tive meu nome recentemente cotado para ser Diretor de Fiscalização. Não entro nessa. Dá para você apoiar o movimento. Eu participei de tudo, de todas as greves, estou no Sindicato e na Associação agora. Pode ir que isto não prejudica não! Dá para tocar as duas coisas.

Então, eu conclamo os Gestores a entrarem no movimento. É importante que a gente busque a RPBC, busque a remuneração variável. Há diversos concursos que estão sendo autorizados. Se tivermos este desalinhamento de salário, as pessoas (os concurseiros) vão buscar outros órgãos. E não virão para o Banco Central. E se vierem para o Banco Central, serão aquelas pessoas menos qualificadas. Então, teremos uma capacidade de entrega menor. Então, é fundamental o engajamento dos Gestores para o bem do Banco Central. Para a defesa da Instituição! Para que a gente tenha um Banco Central forte, um Banco Central eficiente! Para que a gente continue ao longo dos próximos anos tendo o mesmo nível de entrega, o mesmo nível de reconhecimento pela sociedade desta Instituição.

Conclamo aos meus colegas gestores, líderes, como se gosta de dizer nesta Instituição, que também integrem o movimento. A briga hoje está no movimento, nas entidades. Esse Governo tem uma visão diferente. Valoriza os movimentos. A gente precisa fortalecer o movimento e ter um número maior de pessoas nas assembleias. E o papel dos gestores é fundamental também! Eles se agregarem, movimentarem os seus pares, para que a gente possa ter uma UNIDADE. Está faltando aqui no Banco UNIDADE em todos os níveis.

Gostaria de deixar esta palavra aos meus amigos gestores e líderes desta instituição.