Edição 64 – 13/4/2017
Em audiência pública, Daro Piffer critica escalada de retrocessos constitucionais
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 12 de abril, o presidente nacional do Sinal, Daro Piffer, fez duras críticas à série de retrocessos a que sucessivos governos e legislaturas têm submetido a Constituição federal. O ato em combate à PEC287/2016, foi organizado pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) e contou com a participação de diversos parlamentares e lideranças sindicais.
Os diretores de Assuntos Jurídicos, Jordan Alisson, e de Relações Externas, Paulo Lino, também representaram o Sinal no encontro, que ocorreu no auditório Nereu Ramos.
“Em menos de trinta anos, já foram feitas quase uma centena de emendas ao texto constitucional. Quantas delas implementaram, de fato, avanços significativos à sociedade?”, questionou Daro. Ainda, condenou o fato de a Carta Magna do país, que estabelece um Estado de proteção social, estar sendo desfigurada, em detrimento ao povo brasileiro.
“Que nação está sendo construída? Parece-me, na verdade, que está sendo desmontada uma extensa gama de garantias que demoraram muito tempo para serem consolidadas”, encerrou Daro Piffer.
Em linha com o discurso do presidente nacional do Sinal, a deputada Erika Kokay (PT/DF) indagou aos presentes o que reserva o futuro, em caso de aprovação da reforma da Previdência nos termos propostos. “Esta medida significa submeter o país aos interesses dos rentistas”, observou. O deputado Pompeo de Mattos (PDT/RS) reforçou a ponderação da parlamentar. “Um governo covarde é aquele que defende o capital financeiro e deixa de assistir à sua própria população”, argumentou.
Kokay também enfatizou a importância do enrijecimento das mobilizações em todo o país. “A voz da classe trabalhadora está ecoando nesta Casa”, encerrou, conclamando a continuidade das lutas unificadas.
O discurso em apoio às diversas manifestações foi endossado pelo deputado Alessandro Molon (Rede/RJ). “O país, pouco a pouco, está acordando para o fato de que a PEC287 é uma proposta cruel, injusta e desumana e tende a criar um Brasil mais desigual. Devemos sim discutir Previdência, mas de modo a aperfeiçoar nossos mecanismos”, concluiu.