Edição 180 - 2/12/2016

Em mesa de debates, Daro Piffer critica políticas de carreira adotadas pelo governo


Em palestra durante o II Congresso Nacional dos Peritos Fiscais Agrários (CNPFA), o presidente nacional do Sinal, Daro Piffer, criticou a política de carreira do governo federal. Segundo ele, a quantidade de níveis no processo de progressão funcional, as disparidades entre carreiras de mesma importância estratégica para o Estado e a falta de parâmetros que estabeleçam a meritocracia no setor são fatores que precisam ser revistos na estrutura de gestão dos servidores públicos.

CNPFA_daro

“Não há que se falar em um plano complexo para o servidor. Como o agente terá a mesma função, no mesmo órgão, durante toda a sua vida laboral, um plano de três níveis é mais que suficiente”, propôs Daro, adjetivando como “falácia” o argumento de que carreiras menores acabam por desmotivar o copro funcional. “O que desmotiva o servidor é falta de um plano de qualificação, de conhecimento dos objetivos de seu trabalho e de autonomia, além do desconhecimento do resultado do seu trabalho, problemas esses muito comuns”, observou.

Críticas também às assimetrias remuneratórias entre órgãos de mesma importância para o arcabouço estatal. “As carreiras estratégicas, que pensam o Estado, que fiscalizam, investigam, regulam, controlam e promovem políticas públicas deveriam ter remunerações equivalentes”, considerou o presidente nacional do Sinal.

A respeito dos mecanismos relativos à meritocracia no setor público, Daro ponderou que o foco atual é “completamente equivocado” e sugeriu que o sistema seja utilizado, por exemplo, para o preenchimento de cargos em comissão. Também cobrou iniciativas que visem o aperfeiçoamento dos serviços fornecidos à população. “Isso se melhora com treinamento, com integração, com estimulação”, afirmou.

Por fim, ressaltou que é papel das entidades sindicais intervir nos debates acerca das políticas governamentais de gestão de pessoal. “É necessário que os sindicatos se empoderem para tratar de igual por igual com o ente estatal, os planos de carreira e de cargos, a remuneração, as condições de trabalho, a estabilidade, a avaliação do desempenho, a capacitação, a aposentadoria e, principalmente, a qualidade dos serviços prestados”, encerrou.

Edições Anteriores
Matéria anteriorQuintos e Décimos
Matéria seguinteSexta-feira, 9/12, festa de aniversário do Sinal; Seminário Internacional de Previdência Social – amanhã!