Em reunião com parlamentares, lideranças sindicais solicitam apoio no enfrentamento às reformas previdenciária e trabalhista


Em reunião com parlamentares no Senado Federal, nesta terça-feira, 25 de abril, líderes de dezenas de entidades sindicais apontaram as peculiaridades nocivas das propostas de reforma previdenciária e trabalhista, avaliaram estratégias e solicitaram apoio para o enfrentamento às matérias no Legislativo.

Daro Piffer, presidente nacional, Jordan Alisson, diretor de Assuntos Jurídicos, e Paulo Lino, diretor de Relações Externas, representaram o Sinal no encontro, que ocorreu no gabinete da liderança do PMDB. À mesa, também, os senadores Renan Calheiros (PMDB/AL), Paulo Paim (PT/RS) – um dos responsáveis pela reunião – e Kátia Abreu (PMDB/TO) e os deputados Alice Portugal (PCdoB/BA), Bebeto (PSB/BA) e Paulo Pereira da Silva (SD/SP).

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Os dirigentes manifestaram preocupação diante da forma atabalhoada com que a tramitação da PEC287/2016 e o PL6787/2016 vem sendo administrada na Câmara dos Deputados. Diversos interlocutores pediram que, no Senado, haja mais tempo e abertura para diálogo com os setores da sociedade afetados pelas profundas mudanças propostas.

Daro Piffer destacou que o substitutivo apresentado pelo relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS/BA), afeta, ainda mais, os servidores públicos, na medida em que “endurece” as regras de transição para a aposentadoria no setor. “Mais uma vez, o governo nos faz de bode expiatório para sustentar o discurso de cassação de privilégios”, afirmou.

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Como proposta de encaminhamento à luta, o presidente nacional do Sinal foi taxativo. “Não vou tergiversar. O que precisamos é de dez votos contrários de senadores do PMDB à reforma”, concluiu.

Renan Calheiros consentiu que a necessidade de ajustes pontuais não pode “desmontar o Estado de direito”, nem consistir num pretexto para que a sociedade seja excluída das discussões. O parlamentar, ainda, garantiu que estará aberto à interlocução durante os debates.

Kátia Abreu ressaltou que as “circunstâncias e o clima” não são os mais apropriados para que o governo instale uma “revolução” tão agressiva no âmbito de direitos e garantias sociais. Ainda, ponderou que as mobilizações serão fundamentais para a garantia do êxito. “Política é pressão. A força das ruas é que vai medir as votações aqui dentro”, encerrou.

 CPI da Previdência será instalada hoje

Está marcada para a tarde de hoje a sessão de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a verificar as constas da Seguridade Social. O objetivo é estabelecer uma análise minuciosa de destinação dos recursos e desonerações, para, então, avaliar a necessidade de reformas no setor.

A inciativa do senador Paulo Paim teve apoio de, aproximadamente, 60 senadores.

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