Edição 157 – 25/10/2016

Em São Paulo, presidente do BC se compromete com o trabalho em casa


O presidente do BC, Ilan Goldfajn, se reuniu na tarde desta segunda-feira, 24 de outubro, com mais de uma centena de servidores na sede paulistana do Banco. Após apresentação de sua trajetória e do trabalho que pretende fazer à frente da Autarquia, respondeu perguntas dos presentes, que alternaram temas ligados às políticas do Banco Central e à organização interna do órgão.

Quando inquirido pela representante do Sinal sobre a implantação do sistema de trabalho em casa, em teste em outros setores do serviço público, mostrou-se favorável ao endosso à melhor proposta que traga utilidade ao BC e à pessoa do servidor. Destacou que o importante é o que o servidor produz, não aonde ele esteja fazendo o serviço.

Outro ponto tratado foi a necessidade de redução das assimetrias salariais entre carreiras de Estado. Partindo do pressuposto do procuratório próprio, Ilan afirmou que as diferenças de salário também fazem parte da decisão de funcionários em buscar cessão em outros órgãos, que pagam mais. Da mesma forma, entendeu que é preciso retomar a luta pelo nível superior dos técnicos e acertar o reajuste dos celetistas da ativa, enfatizando que o enfrentamento deve ser principalmente fora do BC. Quanto a carreiras como as do Fisco e da Polícia, prefere aguardar o desfecho dos projetos de lei respectivos, para então buscar como agir.

Desde a sua fala inicial, a autoridade monetária estabeleceu um programa de quatro pilares, que quer ver como marca de sua atual passagem pelo banco: marco legal, com autonomia para perseguir as metas fixadas pelo governo e proteção à atividade de dirigentes e funcionários do BC no exercício de suas funções, além de regras para o relacionamento com outras autoridades, em especial a do Tesouro; cidadania financeira; eficiência do sistema financeiro nacional; e redução dos spreads de crédito, como meta última.

Lembramos que este último tema será objeto de apreciação da 27ª AND do Sinal, que espera traçar diretrizes para que o Banco Central seja um órgão de Estado a serviço da sociedade.

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