Edição 126 - 7/7/2024

Enquanto pensa próximos passos, Campos Neto mantém escanteadas demandas dos servidores do BC


“É outro conflito de interesse grave, já que o jogo parlamentar envolve negociações políticas que ele não deve e não tem autorização legal para realizar”. A afirmação é do economista Antonio Prado, em artigo publicado no último sábado, 6 de julho (confira aqui), sobre as movimentações do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, em prol da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023.

Outro ponto de alerta do autor são os reiterados acenos políticos, que têm como uma de suas principais repercussões a especulação do nome de Campos Neto para a titularidade do Ministério da Fazenda em caso de vitória de uma das candidaturas que se desenham para as eleições presidenciais de 2026.

Em diferentes ocasiões, o SINAL trouxe críticas relativas à postura do chefe da Autoridade Monetária, mais especificamente sobre a falta de envolvimento na resolução de pleitos do corpo funcional da Casa. Enquanto prepara os próximos passos de sua trajetória, Campos Neto mantém escanteadas as demandas dos servidores do BC, para as quais a solução não está relacionada a uma maior autonomia.

Além disso, sempre será oportuno registrar a completa ausência de diálogo com a categoria quando da gestação da PEC 65/2023, matéria que impacta sobremaneira a Autarquia e causou um grande alvoroço entre os servidores desde a sua apresentação no Senado Federal.

O SINAL segue atuando no âmbito do Legislativo em face da PEC, visando resguardar a atuação do BC e as prerrogativas de seu corpo funcional.

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