Edição 154 – 14/9/2020

Estabilidade: Sinal e Unacon Sindical rebatem artigo publicado pelo Valor Econômico


Em correspondência encaminhada na última sexta-feira, 11 de setembro, ao editor-executivo do Valor Econômico, Cristiano Romero, o Sinal e o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) rebatem o artigo “Estabilidade não evitou corrupção no Estado”, publicado na quarta-feira, 9.

A carta aponta o uso de “falso silogismo” para depreciar a estabilidade, prerrogativa essencial para que o servidor público cumpra, com independência, suas atribuições, a despeito do mandatário de plantão. “A estabilidade não torna servidores cúmplices do clientelismo, ao revés, permite, em inúmeros casos, a defesa do interesse público contra interesses particulares ou contra o arbítrio do poder político, como demonstram as experiências recentes de resistência e denúncia ao assédio institucional”, observa o documento.

As entidades, ainda, rechaçam a alegação de que a estabilidade não fez com que servidores, em especial do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, denunciassem “manobra feita nas contas públicas”, conhecida como pedaladas fiscais. Conforme destacam, à época, técnicos avisaram ao governo os riscos do expediente que, até então, não era incontroverso. O tema chegou a pautar reportagem do próprio Valor e da TV Globo, em dezembro de 2015.

“Atacar a estabilidade do servidor com silogismos, imprecisões narrativas e, como na proposta do governo, fragilizá-la, em meio ao recrutamento sem concurso e à extinção de órgãos pelo político de plantão, não moderniza a Administração, mas precariza a gestão de recursos humanos no setor público, flertando com a desorganização gerencial e, aí sim, com novas modalidades de patrimonialismo”, conclui a carta.

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