Edição 107 - 11/12/2015

Estado de Atenção

O Governo pode apresentar ao Sinal, no decorrer da próxima semana, Proposta de Acordo relativa à Campanha Salarial-2015.

É hora, portanto, de ficarmos atentos, acompanhando, diariamente, a divulgação de informações por parte de nosso Sindicato.  

Somente juntos somos fortes!



PRESERVAÇÃO DA PARIDADE
Reproduzimos a seguir, considerada sua relevância,

Carta da filiada Maria Inez d’Abreu e Souza:

 “Aos meus parentes, amigos, parlamentares, instituições e a outros destinatários que escolhi por pensar que tenham senso de justiça, independentemente de partidarismos,
 
 Apesar de haverem ingressado no Banco Central como celetistas, em 1996 os funcionários foram transformados em servidores públicos, com efeito retroativo a 1991.
 
 Desde então, estamos sujeitos às deliberações do Poder Executivo, como “carreira típica de Estado”.
 
 Um nome pomposo, apenas.  Uma vez sujeitos à Presidência da República, desde então, não temos tido grandes “honras” por fazermos parte de um Órgão oficial do governo federal.
 
 Fomos prejudicados no governo FHC, e vimos sendo mais ainda nos últimos treze anos.  Não só NÓS, do BC, mas todos os servidores federais sujeitos ao Executivo.
 
 Sei que estou falando aqui para não mais que dez pessoas que, sei, partilham do ideário deste e dos três últimos governos do PT.
 
 Mas, como disse ao me dirigir aos destinatários desta mensagem, confio no senso de justiça de cada um, para entender o que está ocorrendo neste momento, nos bastidores do Ministério do Planejamento, onde, anualmente, pela Constituição Federal, deveriam ocorrer negociações para – pelo menos – negociar a recomposição dos salários dos funcionários – os da ativa, os aposentados e os pensionistas.
 
 Ocorre que, pelo que estamos vendo acontecer com outras categorias federais, o governo está propondo a QUEBRA DA PARIDADE entre quem está trabalhando e quem já o fez, e teve o direito de se aposentar.
 
 Estão oferecendo parcelas extras, fixas, aos ativos, NÃO EXTENSÍVEIS AOS APOSENTADOS, o que quebra esse princípio, que vinha sendo respeitado há anos.
 
 Entendo que quem trabalha não come ou adoece mais do que quem já trabalhou.  Ao contrário, a tendência do aposentado – e isso é amplamente divulgado por especialistas em economia – é gastar mais com médicos, remédios, laboratórios, hospitais.
 
 O primeiro governo do PT, no penúltimo dia de seu primeiro ano de governo (30.12.2003) promulgou uma nova reforma da Previdência em que, entre outros prejuízos, obrigou os aposentados a contribuírem para o INSS com 11% do seu salário.
 
 Essa já foi uma perda significativa, e, no entender do aposentado, absolutamente non sense: ninguém se aposenta DUAS VEZES.  Melhor dizendo, talvez: ninguém vai VIVER mais 30 ou 35 anos para receber uma nova aposentadoria, o que, a ser levada em consideração essa premissa maluca, seria o correto.
 
 Foi, portanto, essa a primeira covardia do “governo da esperança contra o medo” com os servidores públicos: ter subtraídos dos seus salários 11% a título de contribuição para um Instituto de Previdência, SEM NENHUM RETORNO FUTURO.
 
 A quebra da paridade só vai fazer surgir um fosso entre ativos e aposentados que, com inflação galopante e futuros “bônus” aos que se mantiverem trabalhando, aumentará cada vez mais.
 
 O governo atual tenta fazer passar pela aprovação das autoridades competentes um ROMBO de quase 120 bilhões de reais, causados pelas “pedaladas fiscais” do governo, realizadas em ano de (re)eleição, para maquiar contas públicas.
 
 Entrados em 2015, vimos as consequências no aumento de impostos, energia, combustíveis. 
 
 Nem todos perdem com isso.  Os ricos, os banqueiros, empresários, parlamentares, os funcionários da classe mais bem remunerada, como juízes e desembargadores (sendo que estas duas últimas classes ESCOLHEM SEUS AUMENTOS POR SI MESMOS) continuam a viver muuuiiito tranquilamente suas vidas.
 
 Não é o caso, porém, dos mais pobres, que sofrem na pele o aumento dos preços, a péssima condução de ida e volta ao trabalho, as filas nos serviços médicos do SUS, os assaltos causados pela falta de segurança.
 
 Como não é o caso do funcionalismo que, embora tenha melhor condição de vida, porque pôde estudar, fazer concurso e subir mais uns degraus na vida, também não delibera seu salário.
 
 Depende do governo, dos parlamentares e suas leis, e em último recurso, do STF, que aprovou, por exemplo, o desconto de INSS de PESSOAS QUE NÃO MAIS TRABALHAVAM PORQUE SE APOSENTARAM.
 
 Como o governo “depende” de suas alianças com Congresso, empresariado e banqueiros, e tem nas mãos a “chave do cofre dos contra-cheques” funcionais, faz dos servidores o que quer e bem entende.  Como se o rombo bilionário pudesse ser tapado pelos “barnabés”.
 
 Sabedor o Brasil inteiro, ainda por cima, dos roubos BILIARDÁRIOS operados por altos funcionários da Petrobras em conluio com alguns parlamentares, cresce a revolta pela injustiça de ver aviltados seus salários e suas condições de vida.
 
 Por esses motivos, e debaixo da espada que ameaça desabar sobre nossas cabeças, acabei de ler e assinar o abaixo-assinado: «PRESERVAÇÃO DA PARIDADE».
 
 Seu endereço eletrônico é http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR87022
 
 Estou tentando cumprir um dever, depois de ter servido ao Banco Central como funcionária concursada durante toda a minha juventude e madurez, vendo se faço o abaixo-assinado chegar ao maior número possível dos destinatários da minha lista.
 
 OBVIAMENTE, essa é uma questão de foro íntimo: cada um decidirá por si.
 
 Porém, caso você concorde com tudo o que desabafo aqui, agradeço imensamente por sua assinatura, e na divulgação – no que for possível – para os seus contatos.
 
 Tentei assinar a petição no link citado, mas não se pode mudar a mensagem, que achei restrita em relação a quem não tenha ligação com o serviço público e não saiba do que se está tratando.
 
 Por isso, envio esta mensagem pessoal, indignada com a possibilidade de mais essa injustiça ser perpetrada contra os servidores que – EM SUA MAIORIA ABSOLUTA – passam suas vidas atendendo e resolvendo as questões do povo brasileiro.
 
 Aos que me tiverem lido até aqui, agradeço muitíssimo a atenção, e peço encarecidamente que se juntem a nós apondo sua assinatura na petição referida.
 
 Atenciosamente,
 Maria Inez d’Abreu e Souza”
 

 


Participe!

Juntos somos fortes! 

 

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