Edição 189 – 3/12/2015

Exemplo que deveria vir de cima


Não basta a diretoria colegiada do BCB instituir um Comitê Estratégico de Gestão de Pessoas; nomear uma comissão estratégica para negociar com os servidores; fazer-se presente em eventual reunião da Secretaria de Relações do Trabalho com o Sinal, apenas se convidada para tal, para que o novo valor da integração se torne palpável.

Todos lembramos da celeridade com que os salários foram ceifados durante a greve deflagrada pelos servidores, ante o trancamento das negociações com o governo e a ausência de mínima resposta das autoridades quanto às reivindicações apresentadas pelo Sinal.

Próximo ao final de 2015, quando o Congresso, à parte do julgamento que pretende conduzir sobre atos da primeira e do terceiro mandatários da República, autoriza mais de uma centena de bilhões de reais de déficit orçamentário, vemos a autarquia partida em pedaços: nem os subsídios veem a inflação ser incorporada aos proventos, de modo a possibilitar a manutenção do poder de compra dos servidores, nem as tabelas de especialistas e procuradores encontram-se alinhadas entre si.

Há mais: a modernização da carreira dormita nas gavetas ministeriais, enquanto que mês a mês os técnicos percebem menos de 50% dos corroídos valores pagos aos analistas. Um olhar aos celetistas da ativa traz mais preocupação: quinze anos já se vão sem qualquer reajuste dos salários.

O que faz o governo a respeito, é uma incógnita. A única certeza são os ataques a direitos consagrados em lei, como o abono de permanência e a cobrança ao servidor licenciado da parte previdenciária patronal, e os vetos às pequenas conquistas que se tem obtido na casa parlamentar, casos, entre outras, da extensão da correção do salário mínimo às aposentadorias – e, portanto, à correção dos proventos dos colegas aposentados pela média – e do aumento da idade da aposentadoria compulsória dos servidores, para 75 anos, este derrubado nesta semana.

Não obstante, dentro de casa interessa saber o porquê da inércia da diretoria. Por mais ocupada que esteja com prisão de banqueiros e os elevados números negativos da economia, não deveria se arriscar a solução de continuidade na administração da Autarquia.

Precisa-se pacificar a Casa e integrar ativos e aposentados, especialistas e procuradores, servidores das dez sedes do banco e qualquer outra fonte de discórdia que possa haver, trabalhando pró-ativamente pelo Realinhamento Já!

REALINHAMENTO JÁ

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