Desde as seis horas da manhã de hoje, os dirigentes do Sinal em Fortaleza, Francisco Tancredi e Luis Carlos Paes, respectivamente presidente regional e diretor de Relações Externas, acompanhados de outros líderes dos servidores públicos no Ceará, concentraram-se no aeroporto daquela capital para entregar a carta abaixo aos parlamentares federais que se preparavam para voar à Brasília.

Na foto, conversavam com o líder do governo, explicando não ser possível os servidores pagarem por uma crise na qual não têm responsabilidade, ainda mais chantageando prefeitos e governadores para apoiar um projeto de ajuste fiscal, em troca do cumprimento, pelo governo federal, da obrigação legal de renegociar dívidas subnacionais.

O PLP 257/16 chega a prever a demissão de servidores, se os salários ameaçarem prejudicar, de alguma forma, a formação do superávit primário da União.

Sexta foi a vez dos paulistas acorrerem à Assembleia Legislativa para, em conjunto com os deputados federais Major Olímpio (SD/SP) e Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), organizar sua resistência à medida do Executivo Federal.

Major Olímpio é autor do substitutivo da emenda nº 35, que separa o joio do trigo, e conta com o apoio dos servidores estaduais, prejudicados mais severa e imediatamente pelo arrocho proposto.

Já o petebista chamava os servidores à mobilização e, após alertado pelo presidente do Sinal São Paulo, Paulo Lino, dos riscos às três esferas do funcionalismo e ao reajuste do salário mínimo, opinou que o projeto deve ser imediatamente arquivado, por impossibilidade de conserto.

Pela manhã os servidores irão ao Palácio dos Bandeirantes e depois reforçarão o trabalho em Brasília, na Câmara dos Deputados, contra o projeto de lei.

Dirigentes do Sinal, como o presidente do Rio de Janeiro, Sergio Belsito, começam a chegar à Capital federal para reforçar o trabalho junto aos parlamentares, conclamando a todos os servidores, ativos e aposentados, a participarem do corpo a corpo no Congresso, hoje e amanhã.