Edição 65 - 12/06/2019

MARLY GUEDES, PRESENTE!

MISSA DE SÉTIMO DIA DE FALECIMENTO:

AMANHÃ, DIA 13, QUINTA-FEIRA, 10H,

MATRIZ SANTA RITA (LARGO DE SANTA RITA, SN – CENTRO).

Seleção de Fotos: Marcelo Melo (Fonte: Acervo fotográfico do SINAL-RJ)

 

Homenagem a uma brava guerreira

Decorridos pouco mais de 1 ano do encerramento da 2ª Guerra Mundial, em Itacoatiara, 3ª cidade mais populosa do Estado do Amazonas, próxima a rios caudalosos como o Negro, o Solimões e o Amazonas, nascia a morena Marly Guedes Cavalcante. Ainda jovem, mudou-se para o Rio de Janeiro e, aos 21 anos de idade, fez parte do grupo de 600 aprovados no 1º concurso para o Banco Central do Brasil.

Formada em Psicologia, levava consigo o caráter indagador e o trato afetivo nas relações com todos que dela se aproximavam. Questionava sempre o individualismo nos funcionários, propugnando sempre o trabalho coletivo. Costumeiramente alegre, atenciosa e receptiva, embora de baixa estatura, não gostava de ”levar desaforo para casa”.

Quando também falava em público, nas assembleias do Sindicato, enfatizava sempre que na luta política, nos enfrentamentos com o governo, os servidores deviam se empenhar de forma coletiva pois juntos somos fortes e que, contra uma instituição de governo, “uma andorinha só não faz verão”.

Foi a 1ª e única mulher Presidenta do Sinal – Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central – Seção Regional do Rio de Janeiro. Foi também Diretora da Área Externa e membra do Conselho Regional do Sinal por muitos anos.

Coordenou a criação do Psicossocial, com cargo de Assistente Social na REPES, área de saúde do Banco Central.

Destacamos a parte final de um texto por ela escrito:

“Que as pausas, as perguntas formuladas, capazes de ativar nossos sentidos e apontar os novos caminhos a serem percorridos, sejam riquezas a serem compartilhadas, permeadas pela ética e o desejo de construir uma sociedade mais solidária e responsável”.

Ave, Marly, brava guerreira, plena de graça, os amigos te saúdam!

João Marcus Monteiro

 

Perdemos a Marly

Perdemos a amiga, a companheira, a solidária, a lutadora, a incansável pessoa quando o objetivo era olhar o outro, ajudar o outro. E esse outro podia ser um familiar, um amigo, um desconhecido, um oprimido, um marginalizado, um excluído, um discriminado ou toda uma categoria.

Seu velório foi à sua altura, muitos falaram, acho que todos gostariam de falar da importância da Marly em suas vidas, do fundamental legado deixado por ela e da imensa dor de perdê-la.

Da fala emocionada de seus familiares, da fala de admiração de seus colegas de trabalhos, da fala agradecida dos companheiros de Banco Central/Sinal, da fala amorosa das amigas da psicologia, da fala sentida dos amigos de ajuda ao próximo e da fala triste mas conscienciosa dos amigos da espiritualidade – porque têm a convicção de que ela sempre estará no melhor lugar – pudemos tirar uma certeza:

A de que a “marca” Marly está gravada em cada um que a conheceu, ficando a Marly para sempre no rol das pessoas inesquecíveis e imprescindíveis para a construção de um mundo melhor.

Suzete Maria Salgueiro Leite.

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