Enquanto o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já recebeu os representantes dos auditores fiscais da Receita Federal em 26.6, o também Ministro e Presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, segue se furtando a estabelecer compromisso público com os pleitos das carreiras da autarquia.

A pauta dos servidores do BC encontra-se na mesa de Tombini desde maio último, e o máximo que a Autoridade monetária fez até o momento foi nomear um grupo estratégico para intermediar com o sindicato as graves distorções remuneratórias que ocorrem dentro do BC: equilíbrio salarial entre as carreiras de Especialista e Procurador, recuperação da paridade histórica de 50% entre técnicos e analistas e o dissídio dos celetistas.

Projeta-se, em Porto Alegre, uma galeria de ex-presidentes do Banco Central. A seu tempo, o especialista Alexandre Tombini ocupará seu espaço na mostra. Certamente quererá ser lembrado, e é justo que seja, por ter conseguido trazer a inflação novamente para o centro da meta. Mas certamente seus colegas de carreira apreciarão seus esforços pela valorização daqueles que se incumbem dos trabalhos diuturnos pela estabilidade dos preços e a solidez e eficiência do sistema financeiro nacional. A expressão dos visitantes de carreira só depende dele.