Servidores públicos de todo o país continuam mobilizados contra o PLP 257/2016, que propõe o refinanciamento de dívidas dos estados com a União mediante contrapartidas nocivas aos servidores.

Neste momento, lideranças sindicais promovem, em São Paulo, seminário para debate do projeto.

Amanhã, 14 de abril, o Fórum dos SPF promove, pela manhã, ato contra o PLP em frente à sede do Ministério da Fazenda, em Brasília e, à tarde, reunião ampliada na capital federal.

Governo admite reestruturar proposta

Na noite desta terça-feira, 12, em reunião com representantes de centrais, confederações e sindicatos, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou que o Executivo necessita da aprovação do PLP, mas está disposto a buscar alternativas que não afetem tão duramente os servidores públicos. Segundo Berzoini, as contrapartidas dos estados pelo refinanciamento das dívidas poderiam ser tratadas com mais calma em outro momento.

O ministro, no entanto, não garantiu a retirada do regime de urgência do projeto e afirmou que consultaria a equipe econômica sobre a possibilidade. 

No encontro, os representantes dos servidores reforçaram também a necessidade de estabelecer debates com o governo sobre a negociação coletiva, as formas de financiamento das entidades sindicais, bem com a licença classista, com ônus para a administração pública.

Para o diretor de Relações Externas, Luís Carlos Paes de Castro, representante do Sinal na reunião desta terça-feira, a abertura do governo ao diálogo “é fruto da mobilização dos servidores em Brasília e nos estados, que deve continuar para que o êxito seja efetivado”.