Não há gestão sem o conhecimento


O Depes, na sequência de exposições sobre os caminhos propostos para garantir a sustentabilidade e a perenidade do Programa de Assistência à Saúde dos Servidores do Banco Central (PASBC), apresentou, no último 20 de junho, o Programa BC Saudável, com foco em projetos a serem desenvolvidos nas áreas de Qualidade de Vida, Qualidade de Vida no Trabalho, Educação em Saúde, Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças. Nesta segunda-feira, 26, a melhoria na gestão do Programa, com o desenvolvimento de novos projetos de regulação e execução, foi o tema abordado.

Dois momentos em que o Depes trouxe aos participantes do Programa uma grande carta de intenções, boas intenções, mesmo considerando a ausência de dados objetivos sobre qual será a estrutura proporcionada ao Departamento e aos servidores que nele trabalham para desenvolver esses novos projetos. A possibilidade de novas terceirizações também foi levantada, sem que se esclarecesse se os seus custos seriam do BC ou do PASBC, assim como passou ao longe como se dará a extensão dos projetos para as sedes regionais.

O momento, porém, não é de críticas às intenções apresentadas, mas de expectativa quanto à implantação e medição de suas consequências para o Programa.

Assim como não há forma de avaliar o resultado de programas já em funcionamento, como o Vemser, de atendimento aos portadores de doenças crônicas, sem o conhecimento de quais foram seus efeitos na saúde dos seus participantes e nos resultados econômicos oferecidos ao Programa, não existe a menor possibilidade de avaliar qual será a verdadeira face do PASBC após as mudanças sugeridas em sua gestão, com a adoção de medidas que visam a melhor administração de seus recursos na busca de seus objetivos.

O Sinal entende que somente após essa fase de implantação e avaliação das novas políticas de gestão e desenvolvimento do PASBC é que se poderá medir a real situação financeira do Programa. Urge que se alongue o prazo para discussão e conhecimento das informações que dispomos até o momento e que tenhamos a coragem de seguir em frente com as novas medidas apresentadas.

Não há porque se falar em mudança de modelo contributivo neste momento, quando o que fica patente é a necessidade de se reinventar as práticas gerenciais, de responsabilidade do Banco Central, até então utilizadas.

Utilização com responsabilidade e sustentação como obrigação.

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