Edição 172 – 23/11/2016
No segundo dia, Plenária debate pauta de reivindicações
“Campanha negocial (política salarial, gestão do trabalho e QVT): pauta de reivindicações e formas de mobilização” foi o foco do debate no segundo dia da Assembleia Nacional Deliberativa (AND) do Sinal, nesta terça-feira, 22. Francisco Tancredi (Fortaleza), Nehemias Monteiro (Rio de Janeiro) e Sérgio Andrade (Belém) compuseram a mesa diretora do grupo de discussão.
Para dar início a sessão, os relatores do Grupo IV, Paulo Lino e Iso Sendacz, de São Paulo, fizeram a leitura do documento e apresentaram destaques de itens, para análise em separado.
No relatório, que contou com as contribuições postadas no Blogue do Sinal, os representantes abordaram questões relativas a política salarial, gestão do trabalho e Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). O documento foi estruturado em quatro subtemas: Carreira e Remuneração; Condições de Trabalho; Saúde; e Estrutura (relativa ao Sindicato).
Iso iniciou sua explanação com um breve histórico da Campanha Salarial 2015, citando a articulação com entidades parceiras, como as que compõem o Núcleo Financeiro, o Fonasefe e o Fonacate, e encaminhou pela continuidade do trabalho conjunto. Ele também apresentou o índice de corrosão salarial atualizado e listou reivindicações que não foram contempladas no acordo vigente e, por isso, devem permanecer na pauta específica da carreira nas próximas negociações.
“Considerando as projeções inflacionárias disponíveis, em janeiro de 2017 será necessário acrescer mais de 30% à parcela acordada para restabelecer o poder de compra de junho de 2008. Outrossim, a perda acumulada mês a mês, ante a inflação desde então, já perpassa a 13 salários – mais de um ano trabalhado de graça”, reza trecho do relatório.
Para o diretor de Comunicação do Sinal, é preciso continuar atuando pela recomposição salarial dos servidores, mas é fundamental que os parâmetros para negociação preservem a paridade entre ativos e aposentados e a remuneração por subsídio.
Em relação ao Programa de Assistência à Saúde dos Servidores do Banco Central (PASBC), Lino defendeu a melhoria do atendimento médico preventivo, com a ampliação, por exemplo, da oferta de vacinas. “Programa de saúde não é um programa de doença. A doença deveria ser evitada”.
Os debates sobre o PASBC foram considerados prioritários e estenderam-se por grande parte do dia. Preocupados com a estabilidade do plano, os delegados cobraram a divulgação do relatório de consultoria da empresa Salutis, contratada para avaliar situação financeira e administrativa do PASBC. Eles também defenderam a adoção de medidas que visam fortalecer o programa.
A programação da 27ª AND segue até sexta-feira, 25. Hoje, os representantes debaterão a “Autonomia Profissional e Valorização do Servidor do Banco Central do Brasil”. A condução dos trabalhos ficará a cargo da mesa composta por Max Meira (Brasília), Paulo Lino (São Paulo) e José Manoel (São Paulo).
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