O Copom plantou aquilo que não queria colher. O precedente, que abriu no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, ao ceder às pressões do Planalto para não aumentar os juros em ano eleitoral, está se voltando contra o Presidente do órgão, Alexandre Tombini. Se decidir elevar a Selic, na próxima reunião do Copom, dará o argumento que falta para o PT pedir sua cabeça. “Se a autoridade monetária tivesse a autonomia institucional, poderiam decidir com isenção”, assinala Daro Piffer, presidente do Sinal – Sindicato dos Funcionários do BC. Para o dirigente sindical, interferências que influenciam decisões técnicas da política monetária do órgão são, geralmente, prejudiciais para a economia do país.