A Comunicação do Banco Central divulgou no dia de ontem uma nota em que se propõe a esclarecer as recentes medidas tomadas pela instituição como resposta à Portaria nº 268, de 30 de julho de 2013, do MPOG. Como já bem divulgado, essa Portaria trata da determinação de corte de despesas na esfera do poder executivo da ordem de bilhões de reais.

O referido comunicado do BC, após destacar a forma criteriosa, do seu ponto de vista, do modo como esses cortes foram realizados, informa da instalação de um grupo de trabalho “com o objetivo de acompanhar sistematicamente a execução orçamentária, propor eventuais ajustes às medidas já implantadas e ações que possam reduzir seus impactos”, de acordo com a Portaria nº 78.129.

A formação de um Comitê Estratégico de Acompanhamento Orçamentário por parte da alta administração do Banco Central parece seguir a velha receita de distribuir para mais de uma pessoa a responsabilidade por uma decisão equivocada, e da qual parece já dar mostras de arrependimento.

O Sinal Rio entende que ainda há tempo para se corrigirem decisões apressadamente tomadas, sem a ponderação crítica do impacto para a organização e a sociedade, e que podem resultar em grave prejuízo para todos. Para uma instituição especialista em avaliação de operações de risco no mercado financeiro, o aumento do risco operacional do Banco Central em troca de uma economia de dezenas de milhões de reais soa no mínimo bizarro.

As assembleias convocadas nas diversas regionais, assim como a posição de algumas das representações do Sinal, expressas em seus informativos políticos, mostram como a preocupação com os cortes realizados está presente na base dos servidores. Essas assembleias, com número significativo de participantes, expuseram a preocupação do quadro funcional com o futuro da própria instituição Banco Central.

Este Apito replica nos links abaixo alguns dos retornos que recebemos, mostrando que, ao menos no nosso quadro técnico, o debate e a crítica estão presentes.

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