Edição 43 - 15/04/2019

O FANTASMA SOLIDÁRIO

Após a constrangedora situação pela qual passaram os servidores do Banco Central lotados no Rio de Janeiro no último dia 9 – o dia das fortes chuvas que se abateram sobre a cidade -, estes servidores receberam pelo #interAÇÃO uma mensagem não assinada e na qual se apresenta uma tímida nota de solidariedade e a cantilena habitual: Se aventou…, se avaliou…, se cogitou…, mas nada fizemos pois somos escravos da lei.

Administrar Recursos Humanos não é tarefa fácil, significa ter foco nas pessoas, analisar os seus problemas, estimular a participação no debate e encaminhamento de soluções e, principalmente, ter valores reais como parâmetros de decisão. Existe, é claro, um método bem mais fácil (mas não indolor): É o velho “Taquiií o MSP !!!”, não posso fazer nada, vale o escrito, o resto é problema seu!!!

A instalação da “Catraca”, como controle de acesso, ano passado, despertou sentimentos conflitantes entre os servidores. Houve aqueles que imediatamente imaginaram uma rápida instalação de um “Banco de Horas”, e outros que anteviram problemas quando surgissem imprevistos, já que produtividade e qualidade do trabalho apresentado não seriam mais argumentos levados em consideração.

O Banco, de forma inconsequente, instalou uma transação com o registro das entradas e saídas de um sistema eletrônico falho, mas reiterou que legalmente o controle de ponto em folha continuava a ser o único meio legal. O resultado óbvio, intencional ou não, é que os Coordenadores perceberam imediatamente o recado: poderiam ser cobrados a qualquer momento pelas suas Chefias, que tinham acesso aos registros dos seus servidores. Em português claro, foram coagidos a utilizar o sistema irregular como uma forma oficiosa de controle.

A autonomia operacional em Gestão de Recursos Humanos passou a ser zero no Banco Central, e tudo isso por intermédio de uma transação que sequer tem valor legal no tocante a frequência.

Que valores são passados aos servidores?

Com relação à forma de administrar os seus Recursos Humanos o Banco conseguiu inovar para pior, pois não utiliza nenhum dos métodos citados acima, simplesmente coage os níveis mais diretos da Administração a exercer um controle de horário irregular e quando os problemas inevitavelmente acontecem como no último dia 9, simplesmente diz que não pode fazer nada além de prestar solidariedade.

Da próxima vez, se fosse possível, gostaríamos de receber solidariedade do Gasparzinho, já que pelo menos ele é um fantasminha camarada.

Diga pelo que você quer lutar!!!

LUTE COM O SINAL!

Juntos somos fortes!

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