Edição 057 - 10/08/2020

O FIM DO PURGATÓRIO. BEM-VINDO AO INFERNO FISCAL!

“Na guerra, a verdade é sempre a primeira vítima!”.
(Hiram Johnson, Senador Norte-Americano).

Talvez sim, mas não necessariamente.

Na Segunda Guerra Mundial a BBC de Londres resolveu que não iria atalhar o caminho da mentira e da propaganda para tentar vencer a guerra.

Sua bandeira foi a credibilidade.

A censura militar existiu como em todos os demais países beligerantes, mas derrotas não foram escondidas e nem as pequenas vitórias nos anos iniciais foram ufaneadas.

O resultado foi que, mesmo com o risco de morte, os habitantes dos países ocupados e mesmo oficiais da cúpula nazista ouviam a BBC para ter uma ideia um pouco mais exata da realidade.

A busca da verdade pode ser tão importante quanto o ar que se respira.

Na guerra particular que o atual Governo e seus ministros travam com a realidade, as fake news, o menosprezo pelos fatos científicos e a distorção de tudo o que não interessa ver os levam continuamente à construção de um discurso esquizofrênico para impedir o desabamento da sua realidade alternativa.

Na batalha da Reforma Tributária percebemos que os beligerantes distorcem descaradamente os fatos e os discursos em prol dos seus interesses corporativos.

O ministro Paulo Guedes quer arranjar R$ 120 bilhões para garantir o Programa “Renda Brasil”.

Para isto, precisa de uma nova CPMF para realizar um grande arrocho fiscal na sociedade.

Os empresários desesperadamente buscam a manutenção das suas desonerações e isenções fiscais.

A sua descontinuidade seria uma catástrofe para os empregos, vociferam contra o ministro da Economia.

Tentam repetir o canto da sereia de 2012.

Naquela ocasião, seriam os investimentos que iriam desaparecer.

As desonerações foram concedidas pelo ministro Mantega e o investimento desapareceu.

Por que?

Porque impostos fazem parte da formação de preços de qualquer economia moderna.

A opção de aumentar o investimento e os empregos está exclusivamente ligada à expectativa de lucros do mercado em que atuam.

Se todos pagarem o mesmo nível de impostos, este fator será neutro em termos de concorrência interna.

Privilegiar setores sem qualquer garantia de contrapartidas é o mesmo que dar dinheiro na mão destes empresários.

Investir? Empregar? Para que? É só colocar no bolso. O resto é conversa para boi dormir.

Para a classe média este arrocho deve vir também na forma de mais Imposto de Renda da Pessoa Física.

Como?

Primeiro se acaba com as deduções de despesas médicas e de educação.

Depois se vê a possibilidade de aumentar as faixas de isenção.

Para este último caso, se recomenda uma potente luneta astronômica.

Em Estados dito civilizados, consolidou-se a noção de que as liberdades civis e políticas garantidas pelo Estado não podem ser amplamente exercidas se este mesmo Estado não fornecer certas condições mínimas “existenciais”, por assim dizer, como Saúde ou Educação.

Ocorre que o nosso SUS se tornou a “vaca leiteira” da rede particular credenciada, com enormes relacionamentos no Congresso Nacional.

A Educação Básica com a merenda escolar e o Nível Superior com as Bolsas para Universidades Particulares, assim como o Fies, também adentraram no mesmo esquema perverso.

O resultado é mais que previsível.

Os gastos orçamentários com Educação e Saúde são suecos e os resultados acadêmicos são praticamente africanos.

A classe média, na qual nós, Servidores do Banco Central, nos encontramos, foi resgatada deste Inferno com essas isenções tributárias, como se elas fossem um tipo de passe para o Purgatório.

Como vivemos no Brasil, não demorou muito para que uma indústria de “Recibos Médicos” florescesse de forma exuberante.

Para muitos, era uma forma de desoneração, retornando, nem que fosse uma fração, do sacrificado Imposto deduzido mensalmente.

Ocorre que para milhões de brasileiros de classe média, Plano de Saúde e Escola Particular para os filhos não é nenhuma brincadeira.

São uma triste realidade para não cair mais ainda no fundo do poço.

Mas quem liga?

Certamente não o ministro Paulo Guedes.

Ele está numa guerra para salvar a si e ao Governo, mas para que isto aconteça, ele precisa que desçamos ao Inferno dos excluídos.

 

CAMPANHA SINAL-RJ DE COMBATE AO CORONAVÍRUS

FIQUE EM CASA!

Fiocruz deve receber doação para adequar e equipar fábrica da vacina

Uma coalisão de empresas e fundações está formulando uma proposta de doação de recursos para aquisição de equipamentos e adaptações nas atuais instalações do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz), que serão destinadas à produção da vacina para Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, por meio do acordo com a AstraZeneca.

Tais investimentos, no valor de aproximadamente R$ 100 milhões, somariam-se aos recursos aprovados pela Medida Provisória, no valor de R$ 1,9 bilhão, editada pelo Governo Federal em favor da Fiocruz na última quinta-feira (6/8). Essas pequenas adaptações na infraestrutura tecnológica de Bio-Manguinhos serão importantes no recebimento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para processamento final (formulação, envase, rotulagem e embalagem) e incorporação integral da tecnologia para a produção da matéria prima no Brasil. A previsão é que as adequações e aquisição de todos os equipamentos estejam concluídos até o começo de 2021. Leia mais.

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