Edição 119 – 7/7/2017

O futuro do BC nas mãos de sua diretoria


O presidente Ilan Goldfajn e sua diretoria têm nas mãos a grande chance de demonstrar qual é o Banco Central do Brasil que desejam para os próximos anos. Depende deles importantes decisões que, certamente, virão a impactar o destino da Instituição e do seu quadro funcional, que são indissolúveis e somente assim devem ser vistos.

O BCB tem demonstrado ao longo de sua atuação ser órgão de excelência no Estado brasileiro, cumprindo sua relevante missão com eficácia e sendo reconhecido em seus valores não só pelos governos que se sucedem, como também, por toda a comunidade econômica internacional.

Para continuarmos a prestar esses serviços, que refletem diretamente na sociedade brasileira, com a mesma qualidade demonstrada ao longo dos anos, precisamos de um reconhecimento maior de nossa importância pelo Governo, com a inclusão do Banco Central do Brasil no rol da primeira linha das categorias de servidores que prestam serviços estratégicos para o Estado.

São muitos os desafios, externos e internos, e cobramos da direção do BC agilidade e pulso firme para defender a instituição e seus servidores.

O Ministério do Planejamento dá sinais, cada vez mais claros, que, por sua vontade, o BCB será enquadrado no terceiro ou quarto plano remuneratório das carreiras do Serviço Público, o que nos afetará sobremaneira, e é preciso se impor, demonstrar e exigir que tenhamos o destaque que nossa história recomenda.

A modernização da carreira de Especialista é fundamental para nossa equiparação às demais categorias estratégicas para o Estado e a direção do BCB tem a chance de demonstrar nossa importância, lutando pela sanção presidencial ao artigo nº 55 do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 16/2017, que classifica como de Nível Superior os dois cargos que a compõe, Analista e Técnico. O prazo final para a sanção ou veto presidencial é a próxima segunda-feira, 10/7, e o que vier a acontecer será o primeiro sinal das reais intenções e capacidade de nossa direção.

Na sequência, quando da constituição da Comissão Mista, no Congresso Nacional, que examinará a Medida Provisória nº 784/2017, que foi editada para reformular o processo administrativo sancionador do BCB, é preciso lutar para que a Emenda 51, apresentada pelo deputado federal Augusto Coutinho (SD/PE), que altera a denominação do cargo de Analista para Auditor do Banco Central do Brasil e trata da flexibilização da jornada de trabalho e das prerrogativas funcionais dos servidores seja aprovada e sancionada.

Não é hora de omissão, é hora de ação.

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