Edição 412 – 29.05.2025

 O QUE O COPOM PRECISA VER! Parte I

O Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil pode continuar a subir a taxa SELIC, que atualmente se encontra em já elevados 14,75% ao ano.
Mas essa é uma possibilidade, não uma certeza.
o COPOM deixou em aberto o seu próximo passo para a taxa SELIC, o que significa que pode fazer o que achar mais adequado na reunião de junho.
Dentre as opções que estão na mesa está um novo aumento de juros.
De quanto?
Menor do que a alta de 0,5 ponto feita em maio.
A parada no ciclo de aperto também é possível.
Isso porque o COPOM usou a palavra “vigilante” com mais força do que nas vezes passadas.
Disse logo em seguida que “a calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta no horizonte relevante”.
O Sinal-RJ acredita que o COPOM também precisa ver certos fatos estarrecedores de nossa economia para tomar a sua decisão.
Nesse sentido, começamos a falar hoje das consequências nefastas que o atual patamar da taxa de juros provoca na sociedade brasileira.
Um estudo da Pagou Fácil, plataforma da financeira Paschoalotto, que analisou informações de inadimplentes no país, identificou que quase cinco em cada dez brasileiros adultos estão inadimplentes e o valor médio da dívida supera R$ 1,5 mil.
Conforme o estudo, o Brasil tinha 75,7 milhões de inadimplentes em março, o que equivale a 46,6% da população adulta do país.
Na comparação com março de 2024, houve aumento de 2,8 milhões de endividados, cerca de 3,8%.
Dentre outros fatores, a taxa básica de juros, elevada para 14,75% pelo Banco Central, maior patamar em quase 20 anos, pressiona o orçamento das famílias, aumentando a inadimplência e dificultando a redução do endividamento.
No Rio de Janeiro, essa porcentagem ultrapassa a metade da população, 55,6%.
O levantamento mostrou ainda que a maior parte das dívidas (28,5%) está ligada a bancos e cartões de crédito, seguido de gastos com contas básicas, como água, luz e gás (20,6%), serviços diversos (19,1%) e financeiras (11,2%).
Uma faceta trágica disso é que o endividamento pela utilização do cartão de crédito é intenso no Brasil, pois o cartão se tornou complemento de renda para muitas famílias.
O motivo não é difícil de entender: conseguir um cartão de crédito se tornou muito mais fácil do que conseguir um empréstimo numa instituição financeira, na falta de garantias reais.
Cada ponto percentual na taxa SELIC significa mais uma “pedra” amarrada no pescoço destas famílias inadimplentes, jogando-as ainda mais para o fundo do poço da qual tentam desesperadamente sair.
Isso não entra no Relatório Focus.
Lá o foco é outro e essas famílias não são enxergadas.
Voltamos ao assunto.

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