Edição 042 - 25/05/2020

O QUE SERÁ O NOVO BANCO CENTRAL?

Há cerca de 90 dias nos preocupávamos com os diversos problemas laborais dentro da nossa Instituição.

A redução da força de trabalho sem qualquer perspectiva de reposição e a continuidade dos cortes orçamentários havia levado o Bacen a realizar mais uma rodada de reestruturação dos postos de trabalho.

A diferença é que já não havia sequer a desculpa de melhorar os processos de trabalho, era simplesmente tapar buracos recolocando gente para fazer mais com menos.

Coordenadorias sumiam e pessoas eram transferidas para novos afazeres.

Apesar da terceirização e digitalização crescentes, alertávamos que o processo claramente tinha limites perigosos.

As funções do Bacen estavam se degradando cada vez mais.

O alerta caiu em ouvidos moucos.

Isto ficou evidente no PASBC, onde a piora no atendimento aos Beneficiários foi vendida pelo Depes como uma forma de “modernização” do Programa.

Não poucos jogavam suas esperanças no projeto de Autonomia da diretoria anterior, como uma panaceia que nos livraria das ameaças que nos cercavam.

Curiosamente, um projeto urgente que nunca era votado, sinal evidente de resistência política dentro do Congresso.

Então…Covid-19.

O Bacen foi direto para o olho do furacão, para jogar um jogo que nunca havia jogado.

Começou com um programa de injeção de liquidez, liberando potencialmente cerca de R$ 1,2 trilhão por meio de várias medidas, dentre as quais liberação de compulsórios e empréstimos aos bancos lastreados em letras financeiras, mas que agora chega ao ponto mais polêmico, no âmbito do dito “Orçamento de guerra”: a possibilidade de a Autarquia realizar aquisições no mercado secundário de crédito privado.

Como diria Garrincha, faltou combinar com os “russos”.

“Empoçamento” é o termo técnico para dizer que os bancos fogem dos ditos empréstimos aos seus clientes do setor produtivo como o diabo foge da cruz.

Todo o discurso da autorregulação e superioridade do Mercado sobre o Estado virou pó.

Dentro desse contexto, a forma de intervenção do Bacen no mercado secundário de crédito privado, bem como os possíveis efeitos sobre a economia real, permanecem ainda uma incógnita.

Em todas as crises financeiras da história, o sistema bancário sempre bateu à porta dos Bancos Centrais para que providências (em bilhões de dólares) fossem tomadas.

Afinal, o “risco sistêmico” colocava a economia (principalmente a deles) em perigo.

Na grande maioria das vezes estas crises eram criadas por especulação desenfreada deste mesmo Sistema Financeiro.

Entretanto, como nos ensinava qualquer manual de economia, eles deveriam ser os primeiros a serem socorridos para que uma crise bancária não dizimasse os demais setores da economia.

Segundo o SEBRAE, em pesquisa divulgada no dia 25.2.2020, os micro e pequenos negócios representam cerca de 99% do total de empresas no Brasil.

Elas são as que mais geram emprego no Brasil com carteira assinada, somando 54% dos empregos formais do país.

O comércio concentra a maior parte das empresas, somando 41%.

Se os bancos não querem exercer a função para os quais sempre foram reiteradamente salvos, ou seja, dar liquidez às demais empresas, para que diabos eles servem?

Estamos assistindo ao maior desmoronamento de postos de trabalho da nossa história, e os Bancos agem como se isto não fosse problema deles.

Queda da Bolsa de Valores sim, desempregados e falências não.

Estes últimos são problemas do Estado.

A grande maioria dos Servidores do Bacen está atualmente em Trabalho Remoto.

Mas não nos iludamos, isto não foi fruto de um planejamento de gestão e sim de uma urgência sanitária.

O Bacen terá que se repensar como Instituição, os parâmetros mudaram e é importante que o Funcionalismo participe desta discussão desde já.

Não dá mais para conviver com um arremedo de Banco Central.

Compactuar com o aviltamento do nosso trabalho só endossará aqueles que querem degradar ainda mais a função pública.

CAMPANHA SINAL-RJ DE COMBATE AO CORONAVÍRUS

FIQUE EM CASA!

Mapa interativo que mostra onde foram detectados os casos da COVID-19.

Nesse mapa você digita o nome da sua rua e aparece os casos confirmados na região.

O link é:  https://juntoscontraocovid.org/map.html

Veja se tem alguém com coronavirus perto de vocês aí….

 

 

Pico de epidemia deve ocorrer em 14 de julho, sem lockdown

O primeiro boletim sobre Epidemiologia Matemática da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EMAp), projeta que, mantendo-se o distanciamento social na faixa atual de 50%, o pico da epidemia deve ocorrer em meados de julho. Se a política de confinamento não for alterada, em setembro, o número de novos casos diários será similar ao dos dias de hoje. Para controlar e diminuir a propagação da epidemia, seria preciso elevar o distanciamento social a 70%.

Dois matemáticos da Unicamp, Paulo Silva e Claudia Sagastizábal, disponibilizaram uma plataforma, atualizada diariamente, que apresenta a taxa média de replicação do vírus em algumas cidades e regiões do país (o número médio de pessoas infectadas por cada indivíduo contaminado). Essa taxa permite prever o número de novos casos e de óbitos.

Para ler o texto na íntegra acesse o site do jornal

Fonte: Reprodução do blog do IMPA Ciência & Matemática, de O Globo, coordenado por Claudio Landim

 

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Mudanças no atendimento presencial do Depes (Ambulatório, Direto ao Ponto e PASBC)

Cobertura do exame pelo PASBC

Credenciados para realização do exame pelo PASBC
* Mais informações no Portal PASBC: https://www3.bcb.gov.br/

 

ATENDIMENTO DO SINAL-RJ DURANTE A QUARENTENA

Recepção: Jenilson (21) 98338-7621

Atendimento ao Filiado: Erika (21) 98871-0505

Secretaria: Marcelly (21) 98303-4869

Financeiro: Rose (21) 99725-4424

Presidente Regional: Sergio Belsito (21) 98124-1330

 

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