Edição 009 - 24/3/2014

O Sinal por você

 

Prezados colegas de Banco Central,

Não tenham dúvidas. Toda a história do Bacen nos últimos 25 anos teve o Sinal como um dos seus principais autores. Isso vale inclusive, e principalmente, para o nível de qualidade com que a missão institucional do Banco vem sendo cumprida ao longo desses anos, o que, aliás, é motivo de orgulho para muitos brasileiros, visto que é pelos quadros de seus servidores que ela se realiza.

Ainda que você não tenha gosto pela participação política mais ativa, reduzindo-a ao voto em processos eleitorais ou plebiscitários, é na dimensão mais ampla da articulação de forças que defendem interesses litigiosos que os rumos dos temas que são objetos de disputas são definidos. Você consegue imaginar como seriam os nossos salários hoje, se não fosse a ação determinada do Sinal em tantos momentos em que esse assunto foi motivo de embates entre os servidores e a Administração Central do Bacen? Achamos pouco provável que alguém, independentemente de suas posições políticas, possa defender a ideia de uma evolução dos nossos níveis salariais sequer parecida com a atual. E ainda assim, com toda a luta liderada pelo sindicato, para além de eventuais críticas que se possa fazer ao seu modo de atuação nesse ou naquele momento, a situação atual, especificamente quanto ao item salário, está muito bem resumida no “corrosômetro”, um gráfico, ao mesmo tempo esclarecedor e assustador, divulgado recentemente pelo sindicato. Ele dá uma boa pista do que teríamos como situação corrente, não fosse o nosso engajamento pela via sindical.

Não nos enganemos. O Sinal é composto primordialmente pelo seu quadro de filiados, que delibera em última instância os rumos escolhidos. Somos, todos nós que acreditamos, alguns mais, outros menos, na importância de uma instância que represente os servidores e se engaje firmemente na luta pelos seus interesses, responsáveis e, principalmente, campeões das conquistas alcançadas e vítimas das derrotas sofridas.

Numa dimensão mais específica da microfísica do poder no âmbito do sindicato, a sua ação resulta da articulação política que ocorre nos seus Conselhos Regionais, Nacional e na sua Diretoria. Essas instâncias são preenchidas por colegas (da ativa ou aposentados) que concordam em dispor de parte do seu tempo às atividades inerentes ao ambiente sindical. Na prática, são inúmeras reuniões e discussões (presenciais ou por via de redes), encontros com pessoas de dentro e de fora do Banco (parlamentares e outras autoridades, acadêmicos que possam contribuir para um mais adequado tratamento dos temas discutidos, colegas de outros sindicatos, dentre tantos outros), trabalho de pesquisa e levantamento de dados que possam subsidiar os argumentos defendidos pelo sindicato, produção dos textos que procuram divulgar de forma transparente esse trabalho e as posições assumidas, e por aí vai.

É nessa dinâmica, poderíamos dizer nesse caldeirão, que é construída a ação sindical a cada momento, que resulta no que é apresentado e discutido em Assembleias, nas redes, nos Apitos etc. Como se pode ver, é na diversidade das opiniões de inúmeros colegas que vão se forjando as posições que são adotadas, num processo contínuo em que eventuais excessos de um ou outro dirigente ou conselheiro mais afoito são depurados, evitando-se assim aquelas posições que sejam fruto meramente da habilidade de uns com as palavras ou da força carismática de outros. Essas qualidades são sempre muito bem-vindas, mas sempre na dinâmica do amplo debate em que os conteúdos dos temas discutidos tenham lugar privilegiado. Caso contrário, fica-se à mercê de “celebridades”, e o Brasil está cheio delas, de conteúdo pra lá de duvidoso.

                                                                                                         Sinal Rio

 

Gostaríamos de saber o que é o Sinal por você. Caso queira se manifestar, solicitamos que encaminhe seu depoimento para: sinalrj@sinal.org.br.
 

 Juntos somos fortes!

 

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