Tanto o novo ministro do Planejamento, Romero Jucá, como o titular da Fazenda, Henrique Meirelles, declararam à imprensa que o governo cumprirá os termos consignados com os servidores. Ambos são antigos conhecidos nossos: o parlamentar foi por diversas vezes líder do governo no Senado e aí cumpriu seu papel na aprovação de acordos salariais pretéritos; já Meirelles foi presidente do BCB por oito anos e tem a sua prática na autarquia na memória recente de todos.

Mas as credenciais apresentadas não transmitem tranquilidade e acomodação para nós. Há uma intensa agenda represada no Congresso, com a qual o PL 4.254/15 disputa preferência. Temos dois meses e meio para vê-lo materializado em lei, antes da primeira parcela de 5.5% chegar à folha de pagamentos, em agosto próximo.

A estratégia pode ser escrita sem reservas: aprovar a urgência e convencer líderes e deputados a votar o texto o quanto antes.

Para isso, é preciso ocupar corredores, salões e galeria da Câmara dos Deputados, todas as semanas, para mostrar aos parlamentares que o país precisa dos serviços públicos prestados pela autoridade monetária e, para sua boa continuidade, o PL precisa ser aprovado na Casa, para depois ir ao Senado e, por fim, à sanção presidencial.

Todos estão convocados a vestir o colete do Sinal, abrir a pasta-cartaz em grande quantidade aos olhos dos deputados, como apoio imprescindível à atividade de articulação com os líderes que o Conselho Nacional, ao lado de dirigentes das demais entidades interessadas na aprovação dos projetos de reajuste, já vem fazendo nas últimas semanas.

Ocupe o Congresso.

Reserve algumas horas da sua tarde para ajudar a aumentar a pressão. Veja com a sua regional, em especial você que mora e trabalha na Capital federal.