Edição 182 - 27.07.23

Os próximos capítulos da novela do COPOM: a busca do juro neutro e de uma sociedade mais justa

Agosto se aproxima e com ele a expectativa da mais que atrasada queda da taxa de juros na nossa economia.

Qualquer outra decisão significará dar as costas para os interesses  da quase totalidade da sociedade brasileira.

Na verdade, o que se espera em agosto é a abertura de um ciclo de sucessivas quedas da taxa SELIC, para que o COPOM procure posicionar esta taxa o mais perto possível de uma “taxa de juros neutra” na nossa economia.

Juro neutro, supostamente, seria a taxa de juros que permite o crescimento econômico sem resultar em aumento da inflação.

Ele seria uma espécie de “juros ideal” para alcançar uma taxa de crescimento sem impacto sobre a taxa de inflação de um país.

Assim, quando o Banco Central determina a taxa SELIC, é justamente, em tese, no intuito de encontrar uma taxa de juros que entre em equilíbrio com o índice de inflação e possibilite o crescimento da economia.

No caso da taxa SELIC, por exemplo, o juro real corresponde ao valor da taxa menos a inflação do período.

É um tipo de taxa de juros facilmente observável.

Já o juro “neutro” é uma variável não observável, que depende de diversos fatores e deve ser estimada pelo Banco Central a partir de importantes variáveis:

• A decisão do consumidor de poupar ou gastar;
• O crescimento da produtividade;
• O PIB;
• O desempenho de setores econômicos;
• A taxa de crescimento populacional ou da força de trabalho;
• A eficiência do sistema financeiro.

Assim, não é algo tão simples como possa parecer; todas estas variáveis não são fixas ou eternas, evoluem e interagem no tempo conforme as condições econômicas se alteram.

Conforme o Boletim Focus, no final de junho, a mediana das estimativas de analistas do mercado financeiro para a taxa neutra real de juros é de 4,8% no curto prazo, mesmo valor para o período de dois anos, caindo para 4,5% em cinco anos.

O BACEN informou, na ata da última reunião do COPOM, que elevou sua estimativa de juro neutro de 4,0% para 4,5%.

A expectativa para a taxa SELIC no fim deste ano ficou estável no Boletim.

A mediana para os juros básicos no fim de 2023 continuou em 12,00%.

Para o término de 2024 também se manteve, em 9,50%.

Há um mês, as estimativas eram de 12,25% e 9,50%, nessa ordem.

Tudo mais constante, ainda será uma das maiores taxas do mundo.

E isto é inadmissível para um país como o Brasil.

Entendemos que não basta apenas reduzir a taxa SELIC, mas sim toda a estrutura a termo [de longo prazo] da taxa de juros, o que só ocorrerá com a melhoria dos fundamentos econômicos e sociais.

O Arcabouço Fiscal é o ponto de partida, mas a Reforma Tributária, incluindo uma reforma progressiva sobre renda e riqueza, e a criação de mecanismos como o “Desenrola”, que minoram o grau de endividamento das famílias, são as primeiras alavancas para começarmos a mudança do nosso cenário econômico.

No momento, existe um cenário externo favorável tanto para a demanda por commodities brasileiras quanto para o processo de desinflação observado nos índices de preço.

Essa conjugação de fatores internos e externos justificam a revisão de projeções no sentido de melhor perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para a redução da inflação.

Não podemos mais aceitar que  interesses não republicanos se sobreponham aos interesses da sociedade brasileira.

Quem quer fazer “cabo de guerra” ideológico deve ser publicamente responsabilizado pelos efeitos de suas ações sobre a vida de nossa população.

Que o Banco Central do Brasil não compactue com interesses que não sejam os do nosso país na sua busca por maior crescimento econômico e queda das desigualdades sociais.

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