Edição 82 – 8/6/2016

Palavra do Filiado


Boa iniciativa, a publicação de manifestação do SINAL sobre a aprovação parcial dos PLs que tratam de reajuste dos servidores. Porém, é muito tímida, dada a capacidade da grande imprensa em moldar a opinião pública, para o bem ou para o mal. Logicamente, não temos a mesma força, mas, podemos e devemos esclarecer à Sociedade (em notas de 1ª página de grandes jornais) do que se trata esses PLs. Precisam saber, entre tantas outras coisas, do que abrimos mão ao aprovar o acordo salarial que o originou. Precisam saber que o acordo foi vantajoso ao Governo, como patrão em uma negociação, ao dividir em 4 parcelas um reajuste que, sabidamente, perderá para a inflação. A Sociedade precisa saber que, pelas atitudes do governo interino (neoliberal), eventual congelamento salarial de servidores, será utilizado para esterilizar recursos ou para pagar juros da dívida pública, ou seja, sob essa ótica, qualquer economia do governo nunca chegará ao cidadão, em serviços.

Francisco Nobre, de São Paulo

Os críticos ao aumento fazem contas com bases de cálculo diferente: se nesse ano o déficit já é de 170 bi, como o governo aumenta os gastos em 58 bi? Só que, para o mesmo ano dos 170 bi, o impacto do aumento aos funcionários federais é de pouco mais de 6 bi (5 meses dos 48 meses que completarão dois anos). E ainda, desses 6 bi3 bi voltarão sob a forma de impostos!

Pedro Prado, de São Paulo

Eita artigozinho tendencioso [N. do E.: refere-se a editorial do Estado de São Paulo] Esse merecia ser repudiado com veemência e clareza pelos nossos sindicatos. Isso resulta da desproteção do servidor público, precisando urgentemente de um marco regulatório. Enquanto isso, os profissionais privados, pelo Brasil inteiro: padeiros, motoristas, professores, jornalistas, comerciários, vigilantes, industriários, portuários, aeroviários etc. têm seus reajustes negociados e chancelados ao abrigo das suas convenções coletivas… É hora de o SINAL assumir a defesa pública dos servidores desta casa e seus filiados. Afinal para que serve o sindicato?

Cléber Santos, de Recife

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