Edição 117 – 9/8/2016

Palavra do Filiado


Na sexta-feira, 5 de agosto, matéria do Correio Braziliense tratou da revolta dos servidores do Tesouro com a provável quebra do alinhamento remuneratório em relação aos servidores da RFB. O Unacon Sindical enviou nota demonstrando a indignação e falando até em greve. E o Sinal, como se posiciona a respeito? Procurou o Correio para demonstrar a mesma indignação, ou continua preocupado com eventual “captura” do Banco pelo sistema financeiro? Como filiado e, principalmente, como servidor, gostaria que nossos representantes fizessem algo no sentido de cobrar o alinhamento duramente conquistado. Penso que a defesa de nossa carreira deveria ser o foco neste momento.

Frederico Gomes, de Brasília

Apito Brasil: Como noticiamos dia 5 no Apito Brasil, reunião conjunta das carreiras do núcleo financeiro e ciclo de gestão com o governo está agendada para o próximo dia 15.


Cada dia que passa a diretoria do Sinal demonstra que é partidária do PT! Na minha opinião, o sindicato tem que ser apartidário, o que o Sinal conseguiu ganhar na justiça contra esse governo que ficou 13 anos azarando a nossa vida! Acho que os únicos satisfeitos com o PT são os diretores.

Quanto ao governo golpista como vocês chamam! Não entendo… O Michel Temer não é o vice da Dilma?

E, na minha opinião e da maioria, Temer está fazendo mais que a presidenta de vocês! O sinal tem que agir independente de partido político! Vocês estão aí pra defender os direitos do funcionalismo do Bacen, e não do PT!

Lygia Meneghini, de Curitiba

Apito Brasil: A colega refere-se a manifestações pessoais publicadas na coluna Palavra do Filiado, que não se confundem com a opinião do sindicato, baseada exclusivamente nas decisões das assembleias realizadas e desprovidas de qualquer caráter partidário, como definido no Estatuto sindical. A seção Palavra do Filiado é de livre expressar sobre exclusiva responsabilidade do subscritor.


Sindicalismo é coisa muito séria para ficar só na mão de sindicalistas. Defender nossos salários é tão importante que tem sido o foco de nossos dirigentes sindicais em claro prejuízo de defender nossas convicções econômicas. Com um discurso proto-esquerdista, nosso Sindicato se aliou às mais politizadas e ideológicas de agremiações autodenominadas de “andar de baixo” em busca do apoio que não obteve em sua própria base e coordenou as ações. O SUCESSO da estratégia se evidenciou, pois: a) não acreditávamos em acordo em 2015, mas conseguimos; b) não acreditávamos em melhora da proposta, mas conseguimos aumento nos benefícios; e c) não acreditávamos em aumento do percentual de 21% e conseguimos 27%. Nós “conseguimos” ou nosso Sindicato conseguiu?

No futuro, o Sinal precisa se concentrar em buscar superar o FOSSO SALARIAL em relação à Receita e à PGBC, que tiveram a ousadia de propor a PREMIAÇÃO DO DESEMPENHO. Para ir além do que conquistou, o Sindicato precisará de nosso apoio, nossa pressão e nossa convicção de que os resultados da Casa devem repercutir em  nossa folha de pagamentos. Se não forçamos o Sindicato nessa direção, ele não irá, pois não tem esse convencimento – e seus os aliados externos também não a tem! Além disso, pouco se fala, ouve ou faz a respeito da manutenção do poder de compra dos aposentados.

Antes, porém, temos que reconhecer que nós, o conjunto de servidores, não fizemos nossa parte na conquista recente. Não nos mobilizamos, não direcionamos nossas lideranças, não a apoiamos. Nosso índice de filiação, por exemplo, é muito inferior ao das categorias melhor remuneradas e mais bem sucedidas nessas últimas negociações. Precisamos mudar nossa postura se quisermos avançar.

Max Meira, de Brasília

Edições Anteriores
Matéria anteriorDia 11/08 é tempo de comemorar com os pais!
Matéria seguinteA 27ª AND já começou