Edição 83 - de 29/11/2018

PASBC: Faltou o DEPES fazer a lição de casa

Da entrevista ao Informativo Conexão Real, na qual Marcelo Cota, chefe do DEPES,  respondeu a dúvidas de beneficiários de nosso Programa de Saúde, selecionamos os seguintes comentários, absolutamente legítimos, de dois colegas, disponibilizados naquela página do BCB:

1º Comentário:
“Pergunta que não quer calar: qual o esforço que está sendo feito para cobrar valores referentes ao PASBC também sobre os honorários de sucumbência dos procuradores (inclusive retroativos)? A premissa não é a de que ‘quem ganha mais, paga mais’?”.

Resposta do DEPES:
“…Com relação aos honorários de sucumbência, conforme divulgado no auditório, o Depes já consultou o MPDG, que se manifestou sobre a natureza não remuneratória desses valores, não sendo possível, por ora, considerá-los no cálculo das contribuições para o PASBC”.

Observação do Sinal:
Nem é preciso comentar.

2º Comentário:
“Entendo que apesar dos reajustes serem elevados, a base da contribuição mensal é baixa. O maior problema, na minha opinião, é o PDL. Na hora que se soma o PDL com o valor-base fica muito caro. Dependendo da situação específica de cada um, pode significar um gasto com saúde equivalente a 50% do salário líquido. Me parece que se for aprovado com esse aumento do PDL e da alíquota-base, o Plano vai acabar de toda forma, porque os beneficiários simplesmente serão expulsos. O Plano só vai valer a pena para quem não precisa nunca usar”. (Grifo nosso).

Resposta do DEPES:
“A revisão dos critérios de coparticipação precisa ser observada de forma conjunta, pois a revisão dos limites foi acompanhada da isenção de PDL para as internações comuns (hospitalares ou domiciliares), hemodiálise, quimioterapia e radioterapia, procedimentos caros e que o beneficiário ‘não escolhe’ fazer ou não. Eventos desse tipo que comumente levam ao atingimento dos tetos de PDL atualmente. Além disso, haverá isenção para a primeira utilização de uma ‘cesta’ de consultas e exames anuais estratificados por faixa etária e sexo. Acreditamos que com as isenções mencionadas, o atingimento dos tetos será excepcional. Além disso, se ocorrer valor excedente, será absorvido pelo Faspe, conforme já prevê a regra atual”.

Observação do Sinal:
Em suma, se você ficar doente, reze para que seja grave o bastante para que precise ser internado, porque se o tratamento for ambulatorial você vai ficar doente 2 vezes: primeiro quando surgirem os sintomas e depois quando você verificar o desconto do PDL no seu contracheque. Só para esclarecer, os custos com internação são 4 vezes menores para o PASBC do que os custos com consultas, exames e tratamentos ambulatoriais. Uma coisa não compensa a outra. O Banco está reduzindo o seu custo passando esta conta para você! Por que? Porque o Banco acha que você é o culpado.


Não caia nessa!
Não morda o anzol!

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