Edição 173 – 3/11/2015

“Precisamos ter esse processo de realinhamento”


Palavras do diretor Feltrim, no final do encontro com o Sinal, na quinta, 29

Enquanto nas dez sedes o Dia Nacional pelo Realinhamento Já marcava presença, dirigentes do Sinal de todo o país reuniam-se com a comissão estratégica, liderada pelo diretor de Administração do BC. Após ressaltar o empenho da comissão estratégica, “em plena semana de reunião do Copom”, na negociação dos dias parados e a visita que fez a Belém, Edson Feltrim tratou de enaltecer o processo de planejamento estratégico do BC, cujo resultado foi anunciado na véspera. Apresentou o novo valor da integração, dizendo que a autoridade monetária deve ser um só corpo, sem divisões entre os seus servidores.

Paralisações

Por seu turno, o presidente do Sinal, Daro Piffer, acompanhado por duas dezenas de dirigentes de Curitiba a Belém, sedes representadas pelos respectivos presidentes regionais, Enrikson Falabretti e José Flávio, colocou aos representantes oficiais que as negociações com o governo, de fato, têm-se dado em esferas superiores àquelas tidas entre o Secretário de Relações do Trabalho e os sindicatos.

Reunião BC

O presidente da regional Rio do Sinal, Sergio Belsito, dissecou o tratamento diferenciado que vem sendo dado aos Procuradores do BC, em relação a seus Especialistas. Além da atual distinção salarial, inexistente no passado, as carreiras jurídicas ganharam primazia no atendimento de seus pleitos, como os honorários e o exercício da advocacia privada, o que só faria aumentar o fosso interno e dificultar a integração desejada pela diretoria da Casa.

A seu turno, Rita Girão, presidente do Sinal em Brasília, disse em alto e bom som que o clima é de tristeza e de revolta, ante o tratamento diferenciado dado a procuradores do BC. E que, se o realinhamento não vier agora, a tendência é de piora. Imprescindível o envolvimento institucional, a exemplo do que se vê nas outras carreiras de Estado!

José Milton, de Recife, Renato Fabiano, de Belo Horizonte e Cunha, de Salvador, enfatizaram que a direção do BC precisa produzir resultados visíveis pelo realinhamento, e para já.

Eduardo Stalin, de São Paulo, trouxe novamente à mesa o quão ruim era a percepção dos servidores da praça em relação ao clima organizacional e ao envolvimento da diretoria na solução da pauta específica dos servidores do BC. E destacou que Tombini não respondeu nem o ofício, que comentava a pesquisa, nem as centenas de mensagens já enviadas da pauliceia e outras cidades, clamando pelo Realinhamento Já!

Foi a vez de Feltrim comentar sobre a insistência junto a Sergio Mendonça pela pauta específica, embora a seguir tivesse convocado o Sinal a insistir na abertura da Mesa, pois a comissão poderia atuar apenas em apoio à atuação do sindicato. Lembrou que o BC é um corpo único, de excelência, e pediu “unidade entre nós”.

De pronto, Daro rebateu que um corpo precisa ser desenvolvido na totalidade, senão não funcionará como esperado. E precisou que o realinhamento precisa entrar no acordo, não será tolerado prazo além do que é oferecido à outra carreira da autarquia. Piffer ainda comunicou que Mendonça não teria agenda para o BC, dada às ordens “de cima” para primeiro concluir o acordo com advogados, fiscais e policiais federais. Ao que foi complementado pelo diretor Luis Carlos Paes, de Fortaleza, sobre o caráter político do processo negocial.

Em nome da comissão, o assessor parlamentar do BC Davi Falcão comprometeu-se a renovar os contatos com Sergio Mendonça, dado o prazo exíguo para a entrega dos projetos de lei dos reajustes salariais, que vence em novembro. Já o chefe de gabinete Marcio Airosa declarou que a equiparação repara “um erro do passado”.

À guisa de conclusão, o diretor Jordan Alisson, de Curitiba, resumiu que se é comum a preocupação com o realinhamento, a direção precisa abrir as portas junto ao Ministro Nelson Barbosa e com ele resolver a situação dos servidores da autarquia, pois uma mudança de cenário só sai com decisão nesse nível do governo.

Feltrim prometeu empenho, em um quadro eivado de dificuldades. “Vamos trabalhar”, concluiu.

Mas nem por isso a reunião deu-se por terminada: Daro ainda trouxe as preocupações dos servidores com a saúde financeira do Pasbc e a nomeação dos aprovados no último concurso, que agora procuram a via judicial para fazer valer os seus direitos e a necessidade pública de reposição dos quadros da autarquia. E, nas despedidas, o respeito aos feriados municipais foi lembrado a Feltrim.

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