Edição 116 - 10/07/2015

Prematuro

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Já estava escrito em um antigo best seller: “Tudo neste mundo tem seu tempo; cada coisa tem sua ocasião.” E um remake dessa obra poderia acrescentar: Tempo de decidir sobre a proposta do governo e tempo de buscar uma proposta melhor.

Em 2012, quase perdemos o tempo, e tivemos que correr muito atrás do prejuízo. Ficamos traumatizados e, talvez por isso, estejamos tão ansiosos agora. Não queremos correr o risco de perder o bonde, mas, agindo às pressas e de forma impensada corremos outro risco, o de tomar o ônibus errado.

No dicionário, prematuro é o que ocorre fora do tempo, antes da hora. Um bebê prematuro, por exemplo, está sujeito a uma série de complicações que poderiam ser evitadas se a gestação fosse até o final.

Ontem fomos surpreendidos com notícias de Chefes de Departamento reunindo suas equipes para tratar da campanha salarial. Soubemos que dentre os itens tratados houve o incentivo para aceitar logo a proposta do governo.

Hoje, o mesmo tema era pauta do Conexão real, trazia inclusive um comparativo entre a proposta apresentada pelo governo e a expectativa de inflação futura. Percentuais até bem razoáveis, pena que nada foi falado sobre a inflação de 2015, cuja expectativa do IPCA é ficar acima dos 9%. E as outras questões? Auxílio pré-escolar, creche, vale alimentação. E as questões relativas a negociação coletiva e data base, previstas na Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)? E se a inflação não ficar na meta? Quais as garantias de que poderemos ajustar este pacto que vai até 2019?

A proposta do governo não é de todo ruim, mas é insuficiente, pois esquece as perdas passadas e incompleta, pois não trata dos outros itens de pauta. Sabiamente o servidor decidiu: “A proposta do governo é insuficiente, pois não recupera a inflação passada e impõe perdas futuras, e incompleta, pois não abrange os outros eixos da pauta, e indica a categoria à continuidade da negociação para melhoria da proposta.”,

Além dessa pauta comum existem nossas questões internas. O Conexão Real citou a modernização do cargo de especialista. Constaria dessa modernização a isonomia de remuneração e tratamento entre analistas e procuradores? E a recuperação da proporcionalidade da remuneração de técnicos e analistas? O que o grupo estratégico tem a nos falar sobre isso?

O prazo para o governo enviar o projeto de lei para o congresso é 21 de agosto, até lá continuaremos lutando pela melhoria da proposta. Esta é uma luta conjunta. Contamos com o engajamento de todos os servidores. Juntos somos mais fortes!

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