Edição 368 – 13.02.2025

PRESIDENTE GALÍPOLO: A PEC 65 SERÁ TRATADA PELA DIREÇÃO DO BANCO COM A BUSCA DE CONSENSO ENTRE OS SERVIDORES OU COM A MERA IMPOSIÇÃO A NÓS DE UM “PRATO FEITO”?

Em encontro com servidores em exercício do Banco no Rio de Janeiro, realizado na segunda-feira passada, dia 10, uma quantidade expressiva de colegas “lotou” o auditório para dar as boas-vindas e dialogar com o novo presidente de nossa instituição, Gabriel Galípolo.

Na reunião foram abordados diferentes assuntos (teletrabalho, PASBC, nível superior dos Técnicos, segurança, meio ambiente etc.), dentre os quais, como não poderia deixar de ser, ocupou lugar de destaque a PEC 65, principal questão – e angústia! – atualmente colocada para servidores da ativa e servidores aposentados do Banco.

Com relação à PEC, dois fatos podem ser destacados:

1 – A quase totalidade das falas dos colegas que se manifestaram foi extremamente crítica em relação à PEC 65, com argumentação consistente na realização de tal crítica.

2 – De uma parte, o presidente Galípolo – e não é a primeira vez que isso ocorre – pontuou, em sua exposição:

A – A necessidade de um consenso por parte da Categoria para que efetivamente se avance com uma proposta viável nos níveis mais altos de poder; e

B – A dificuldade em se conseguir tudo o que se quer, ou seja, a busca por níveis salariais mais elevados, compatíveis com os percebidos por carreiras com importância igual à do BC, pode ser incompatível com maior autonomia institucional.

De outra parte, tanto o diretor de Administração, Rodrigo Teixeira, quanto o chefe do DEPES, Marcelo Cota, apresentaram a PEC 65 como uma solução para todos os males, sem considerar, por exemplo, a posição da Advocacia Geral da União – que afirma, nada mais, nada menos, ser a PEC inconstitucional -, e o verdadeiro “desmonte” da PEC 65 efetuado por economistas da expressão de André Lara Rezende, Paulo Nogueira Batista Jr. e Luiz Awazu Pereira, dentre não poucos outros.

Assim sendo, fica a dúvida: a PEC 65 será tratada pela direção do Banco com a busca de consenso entre os servidores ou com a mera imposição a nós de um “prato feito”?

Se o caminho que vier a ser adotado pela direção do Banco for o da busca de consenso entre os servidores, o primeiro passo nesse sentido deverá ser o de abandono da defesa da PEC, uma vez que os servidores já se manifestaram, de modo inequívoco, a respeito da PEC 65:

74,5% dos servidores do Banco são contra a PEC 65.

51% dos servidores da ativa são contra a PEC 65.

4 das 5 entidades que buscam representar os servidores do Banco – Sinal, SintBacen, SINDSEP e ANAFE – são contra a PEC 65.

Precisa dizer algo mais?

Precisa, sim.

Afastada a defesa intransigente da PEC 65, abre-se espaço para que se possa avançar na definição do que, conjuntamente, a direção e os servidores do Banco entendemos ser o caminho para a superação das dificuldades atualmente enfrentadas por nossa instituição e para a edificação do BC do futuro.

Algumas pistas já foram colocadas por nossa Categoria quanto à contrução desse caminho: o BCB deve ser órgão de Estado, localizado na ambiência do RJU, seus servidores sendo detentores de estabilidade no emprego e autonomia técnico-profissional, para que não sejam suscetíveis a pressões que impeçam ou mesmo dificultem o cumprimento de suas atribuições a serviço da sociedade brasileira.

Sem dúvida, o Sinal-RJ estará sempre presente nessa construção.

PEC-65: RUIM PARA O SERVIDOR DO BC, PIOR PARA O BRASIL!
Diga pelo que você quer lutar!
LUTE JUNTO COM O SINAL-RJ!
Edições Anteriores
Matéria anteriorApresentação da Comissão Eleitoral de Fortaleza 2025
Matéria seguinteEleições SINAL: prazo para candidaturas segue aberto