Edição 155 – 1/10/2015

Quarta agitada, quinta fúnebre


Neste dia primeiro, em que, ao consultar sua conta bancária, os servidores verificam o dano financeiro causado pelo açodamento da direção do BC em retirar o alimento da casa dos que se batem em defesa da autarquia, trazemos ao conhecimento de todos o primeiro acordo assinado entre o governo e uma representação sindical do serviço público federal.

Sob a chancela da CUT, a Condsef, em nome das carreiras organizadas nos Sindseps e Sindsefs filiados, e a SRT firmaram o primeiro termo a postergar, para agosto de 2016, a primeira parcela da subreposição salarial, que ameaça o conjunto dos que se dedicam a construir um Estado melhor para a sociedade brasileira. A famosa luz no fim do túnel parece mesmo ser o farol do trem que vem de encontro a todos nós.

Também no dia de ontem estiveram no MPOG Altamir Lopes e Edson Feltrim, ex e atual diretores de administração do BC, acompanhados por David Falcão e Nilvanete Ferreira, cumprindo a agenda anunciada na véspera. Quanto ao prosseguimento da negociação, percebe-se uma nova ordem de atendimento das representações classistas definida pelo governo após o anúncio do pacote levyano de 14 de setembro: primeiro os amigos do PT, representado pelas entidades filiadas à CUT, depois as categorias em greve, e por fim, as demais, incluso aí, as carreiras do subsídio.

Mas a luta não para.

Ainda na tarde de terça, 29, o Sinal protocolou oficio no MPOG, demandando complementar a pífia proposta recebida, em resposta à pauta geral, com os seguintes itens da pauta específica, originalmente não abordados:

a)      Realinhamento entre os integrantes da carreira de especialista e a carreira de procurador;

b)      Proporcionalidade de 50% do subsídio do analista para o subsídio do técnico;

c)      Reajuste dos celetistas da ativa; e

d)     Manutenção do alinhamento entre especialistas e procuradores, na hipótese de vantagens adicionais obtidas por qualquer das carreiras do Banco Central.

E agora de manhã, outra vez é formalmente cobrada a restituição da pecúnia ceifada, vez que o processo de negociação está em curso e a greve foi legitimamente adotado pelos servidores como instrumento de pressão, ante a injustificada demora do governo em responder, minimamente, à pauta que os servidores do Banco Central anseiam em negociar.

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