Edição 139 – 11/9/2015

Realinhamento já


Esta e outras palavras de ordem decorarão as sedes do BC nos próximos dias. Enquanto o relógio corre e a diretoria se dedica às suas “ações invisíveis”, os servidores do BC se organizam contra o injustificável distanciamento que há, e ainda pode piorar, entre os salários dos procuradores e analistas, e entre estes e os técnicos.

Ao lado da luta pela melhoria do índice linear e outros aspectos da pauta geral, são essas e outras graves distorções que precisam ser corrigidas para atendimento da pauta específica.

Esclarecimento

Está em disputa, junto ao governo, o período de vigência de eventual acordo a ser firmado por servidores e o MPOG. Ofertas apresentadas a diversas entidades contemplam prazos de dois e quatro anos, sendo que na primeira modalidade os índices são os dois primeiros da oferta mais longa, última apresentada aos servidores do Banco Central.

Informalmente, o secretário de Relações do Trabalho do MPOG apresentou como critério para encurtar o acordo e permitir nova rodada em dois anos a ausência de cláusula financeira adicional. O que não se coaduna com a resposta ao Condsef, que falaria em dois anos e a incorporação de rubricas à aposentadoria das carreiras daquela confederação.

No nosso caso, a cláusula adicional já apresentada não tem impacto financeiro. Porém, falta o realinhamento, de modo que nos próximos dias esclarecimentos adicionais vão ser buscados junto às autoridades, para permitir a correta escolha dos servidores do BC, quanto ao futuro das carreiras da autarquia.

O que podemos já trazer à reflexão é a incerteza quanto à inflação futura, que deporia contrariamente à intenção do governo, em amarrar índices para um período de quatro anos. E reafirma o princípio da anualidade, comumente expresso como data base, como regra de negociação.

Agenda

Na próxima terça feira, 15, o presidente Tombini comparecerá perante a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, para a regular prestação de contas sobre as atividades da autoridade monetária.

Além das já esperadas perguntas sobre os efeitos das políticas operadas pelo BC, sobre a conturbada economia brasileira, o Ministro poderá ainda ser confrontado quanto à sua competência administrativa a frente do órgão, dado o seu esvaziamento e as graves distorções remuneratórias observadas entre suas carreiras e cargos.

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