REFORMA ADMINISTRATIVA E AS BOAS INTENÇÕES
O Governo Federal entregou ao Congresso Nacional uma proposta de Reforma Administrativa.
Não é crime ou pecado pensar em reformas no Estado Brasileiro.
Ao contrário, deveria ser uma atividade constante o refletir sobre a atividade pública.
Afinal ela é custeada pela sociedade, mas acima de tudo ela tem uma missão: prestar serviços à população, independente de renda, raça ou credo.
O Estado Brasileiro é um patrimônio de todos os brasileiros.
Muitos não pensam assim.
Apesar do discurso constante e fácil de modernização, eficiência e mesmo de valorização do Servidor, os seus objetivos estão focados na busca da redução do Estado como uma forma de oportunidade para ganhos políticos e econômicos.
Os que apoiam a demonização dos Servidores Públicos agem de má-fé: generalizam o que não pode ser generalizado, misturam privilégios com direitos constitucionais, semeiam mitos e bordões numa verdadeira guerra psicológica.
Tal fato é visível e palpável.
A discussão superficial e preconceituosa explicita a falta de seriedade.
A mídia comprometida com o capital que discursa contra as despesas com o Serviço Público é a mesma que defende com unha e dentes os privilégios de isenções fiscais e desonerações dos seus anunciantes.
O que é profundamente lamentável é Servidores Públicos caírem nesta esparrela.
Achar que estas mesmas pessoas, defendidas pelo Centrão, estão pensando no futuro do país é risível.
Alguns chegam a acreditar que se as reformas fossem apenas para futuros Servidores, isto não lhes diria respeito.
Ledo engano.
Paulo Guedes e sua equipe econômica nunca esconderam o que acham e o que pretendem.
Suas ofensas são notórias.
O fato de apresentar uma proposta de reforma fatiada, apenas evidencia o medo do governo Bolsonaro com o desgaste político em um ano de eleição municipal.
Os que atuam pela destruição do Serviço Público não se preocupam com isto, sabem perfeitamente que uma vez iniciado o jogo no Congresso Nacional, a arena está montada.
Os sapos que acham que estão entrando numa panela de água fria, logo se surpreenderão com a rapidez com que a temperatura pode aumentar.
Vivemos no Brasil, a possibilidade de contratações temporárias poderá significar que muitos Servidores podem não saber, mas se encontrarão, da noite para o dia, em carreiras em extinção.
A discussão da estabilidade poderia ser feita seriamente, mas não há qualquer garantia que isto possa acontecer.
A triste verdade, é que a Reforma Administrativa é mais um pacote dentre outros pacotes que tramitam no Congresso Nacional.
A maior parte dos políticos que lá se encontram são como mascates que não se preocupam com o que está sendo colocado à venda, e sim em como vendê-lo pelo melhor preço.
O Sinal estará presente nesta, assim como em todas as outras arenas em que os direitos dos Servidores estarão em discussão, para o desgosto da mídia e dos empresários.
Porém precisamos do apoio dos Servidores do Banco Central.
Não caia no conto da sereia.
Esta luta também é sua.
O seu futuro está em jogo.
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