Edição 85 - 25/08/2005

Reunião com a Dirad: nada a acrescentar, e a mobilização continua firme

Ontem à tarde, o Diretor Fleury recebeu em seu gabinete representantes do SINAL, Sindsep/DF e Sintbacen.

O Diretor não acrescentou nada de novo à expectativa do funcionalismo. Pelo que entendemos, o lançamento, no ponto, da rubrica 6110 (Falta, simplesmente), é o registro que ele considera adequado para conciliar a obrigação do Banco de lançar a ocorrência sem maiores prejuízos para os servidores. O lançamento de Falta por motivo de greve, pelo regulamento do BC, implica em outros tipos de punições.

Informou que o Secretário de Recursos Humanos do MPOG, Sérgio Mendonça, está inteirado de nosso movimento. Disse mais: que o Secretário se teria reunido com o Ministro do Planejamento, assim como tem marcada, reunião com os oito ministros que compõem a Mesa Nacional. Não falou, porém, de agendamento de reunião de negociação com nossos dirigentes sindicais.

Faz parte. O fato, inegável, é que nossa paralisação ontem recrudesceu, ao longo do dia. Várias regionais definiram o prosseguimento dela programando uma presença forte do funcionalismo para amanhã, desde o início do dia.

Precisamos seguir em frente, envolvidos todos na discussão de um Banco Central melhor. Não se trata apenas de questões salariais, direitos trabalhistas, acertos de passivos.

Mas a história do país nos mostra que, quando os donos do poder (internos e externos) querem acabar com uma instituição que pode atrapalhar os seus objetivos, começam sempre um processo de sucateamento, para inviabilizar a execução das suas atividades.

A seguir vêm a desvalorização dos seus servidores e denúncias sobre “corrupção” dos seus dirigentes, até chegar ao ponto em que a própria sociedade clama pela extinção da entidade.

O Banco Central somos nós, mas ele é maior que nós. Sua missão institucional precisa ser preservada, o valor de suas atribuições reconhecido, resgatado o papel fundamental de seu funcionalismo.

Cabe aos servidores, neste momento de virada por que passa o país, defender e valorizar as funções do Banco. Governos vão e vêm, assim como os altos dirigentes em seus mandatos meteóricos, mas as instituições permanecem.

Podem, ao longo do tempo, acumular conseqüências graves de gestões pouco comprometidas com elas.

O funcionalismo, porém, escolheu essa Casa para toda a vida. Só ele pode se converter em barreira honrosa, a impedir a descaracterização do BC e o desvirtuamento de suas funções e obrigações com a sociedade e os cidadãos brasileiros.

O caminho da mobilização é o correto, é o justo. Por isso continuaremos, fortes, a segui-lo.

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