Edição 34 - 28/03/2006

Abuso injustificável

A revista Veja do último final de semana divulga, na coluna "Radar", uma pequena nota, cheia de categóricas afirmações, bastante adjetivadas, sobre a existência de animosidade na CPI dos Correios causada pelos três funcionários do BC que nela atuam.

O titular da coluna diz que Abraão Patruni, Maurício Furtado e Paulo Eduardo de Freitas (este último, primeiro Presidente Nacional do SINAL), estariam sendo acusados de elaborar um relatório paralelo, que seguiria uma linha na contramão do oficial, em parceria com o deputado Maurício Rands (PT-PE).

A informação é inteiramente falsa – os três colegas foram veementes em negar sua veracidade – e foi publicada sem o conhecimento dos funcionários, que, de há muito, prestam subsídios técnicos junto ao Congresso.

Seu grande e meritório trabalho de bastidores, muitas vezes prejudicial ao andamento normal de suas vidas, dada a dedicação em tempo integral, sem feriados ou fins-de-semana, têm ajudado a trazer à luz importantes esclarecimentos para a sociedade brasileira, que assiste estarrecida, há meses, ao surgimento de escândalos sucessivos.

É, no mínimo, estranho que uma informação como essas seja – do NADA – plantada em um veículo como a Veja.

Além disso, é acintosa aos três servidores – seja porque inteiramente mentirosa, seja porque dela não tiveram conhecimento prévio – cujo único pecado foi terem sido designados pelo BC para trabalhar, e MUITO, na CPI dos Correios. Há perdas de imagem, de reputação, de oportunidades de outras missões.

Os colegas citados aguardam a reparação pela revista Veja (transcrevemos nesta edição sua nota de resposta ao semanário).

Conhecêmo-los de longa data, e sabemos de seu caráter e integridade. Trata-se de três filiados e ex-Conselheiros do SINAL, um deles – como já dito – ex-Presidente Nacional, e o Sindicato está disponível em sua defesa, assim como lhes franqueia seus meios de divulgação para novas manifestações de seu interesse sobre a matéria.

Cabe registrar que o SINAL não pauta a sua ação sindical meramente sob a perspectiva corporativista. Sempre que demandado, o SINAL cooperou: nesta e em outras iniciativas em defesa da ética e da moralidade no serviço público brasileiro. Na CPMI dos Correios, como em outras, o SINAL tem colaborado com proposições, indicação de quadros qualificados, cessão de pessoal e instalações.

SINAL Nacional

A NOTA DA VEJA:

"Um clima de forte animosidade envolve a cúpula da CPI dos Correios nestes dias que antecedem a apresentação do relatório final. No centro da confusão estão três funcionários do Banco Central (Abraão Patruni, Paulo Freitas e Maurício Furtado) que foram designados pelo BC para auxiliar a CPI na análise técnica dos documentos. A acusação: eles estão produzindo um levantamento paralelo para subsidiar um relatório contrário ao oficial. O trio está trabalhando colado ao deputado petista Maurício Rands."

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