Edição 59 - 31/05/2006

Aplausos: o funcionalismo do BC merece

 

Foi mais uma vitória. A edição da MP, como vínhamos pleiteando ao governo, veio sob a pressão que o funcionalismo do BC exerceu durante estes últimos quatorze dias.

Foi também grata a satisfação, para o conjunto funcional, pela adesão de alguns colegas tradicionalmente relutantes em “grevar”: perceberam que a coisa certa a fazer era ficar ao lado de seus colegas.

Não se pode dizer que nos faltou paciência. Foram 273 dias em Campanha Salarial – 33 na maior greve do BC – e 194 (incluindo os últimos 14 em greve) esperando a consecução do acordo de 2005.

Nem se poderá dizer que, para consegui-lo, nos faltaram perseverança, garra e disciplina. Ao contrário, essas qualidades trouxeram ao funcionalismo do BC essa vitória: a edição da MP 295 – em 10 breves dias, alcançamos o nível de mobilização que levamos um mês para conseguir, no ano passado.

Numa demonstração inequívoca de que estava em busca de seu direito, o funcionalismo do Banco Central se dispôs a uma outra greve.

Foi um novo desgaste – ninguém está brincando quando a decreta – mas cujo resultado não se resume à assinatura da tão esperada MP, e sim nos deixa belas lições para o futuro:
 

  • querer é poder: quando sabemos que nossa reivindicação é legítima, decidimos que queremos lutar por ela e dessa forma nos mobilizamos, atingimos o objetivo rapidamente;

  • pudemos ver que a estratégia de fazer greves curtas e fortes é a correta;

  • da próxima vez – e já deu para sentir que a haverá – lembremo-nos deste movimento-relâmpago de 2006, e mobilizemo-nos desde o primeiro dia: é mais rápido e efetivo, e menos desgastante;

  • o melhor de tudo: é um conforto ver o colega ao lado, a adesão aumentando, as regionais todas se solidarizando umas com as outras.

Depois de muitas incertezas e contra-informações, e dessas duas grandes paralisações que vão entrar para a história do Órgão, o funcionalismo do BC consegue que o governo honre – parcialmente – o acordo de 2005. Houve mudanças no texto, passíveis de emenda. O Departamento Jurídico do SINAL está empenhado em sua apresentação tempestiva.

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