CRISE NO DEPIN NÃO TEM PRECEDENTES NO BC

Um pouco antes da última greve, aflorou uma crise no Depin. Sete dos nove chefes de divisão daquele Departamento, além da imensa maioria dos comissionados, se solidarizaram com o Chefe, Daso Coimbra, em um conflito de proporções que colocam em xeque valores da Instituição Banco Central, como a quebra de hierarquia, de compromissos e de acordos.

Durante a greve, esse conflito prejudicou a mobilização naquele Departamento, um dos mais engajados nas nossas campanhas, onde temos vários filiados e simpatizantes e de onde vêm vários referenciais em assembléias. Mesmo com a crise instalada, servidores do Depin deram sua contribuição ao movimento.

Durante o período da greve, o Diretor Fleury entrou nas discussões e procurou contemporizar. Chegou-se mesmo a um acordo que poderia levar à normalização das relações no Departamento.

Ontem, o caldo entornou de vez. O titular da Dirad está em Portugal, e seu substituto, o Diretor Gustavo, mesmo com passagem marcada para Recife, procurou intermediar o conflito.

Em vão: Daso Coimbra entregou a comissão de Chefe de Departamento e foi substituído, pela manhã, por Márcio Airosa. Até meia hora atrás, já havia 38 portarias de descomissionamento. Esse número pode chegar a 42. Todos a pedido.

Não temos como afirmar que a crise tenha algum viés relacionado ao nosso movimento reinvindicatório. Ontem, um dos comissionados convidou o SINAL para uma reunião naquele Departamento, o que ocorreu nesta manhã.

O SINAL se inteirou dos fatos na oportunidade. Em seguida, reuniu-se com o Diretor Gustavo, a Chefe do Depes e a Consultora da Dirad, buscando conhecer todos os aspectos da questão.

A crise já extrapolou para o mercado. Não se tem notícia de nenhuma maior que essa, exceto em momentos de greves.

O SINAL entende que é seu papel contribuir para a preservação de valores da Instituição e zelar pela dignidade profissional dos servidores da Casa.

O Conselho Nacional do Sindicato se reunirá amanhã para discutir o assunto.