Edição 68 - 06/07/2006

O SINAL se reunirá com a Dirad na próxima sexta-feira, às 10h, para cobrar explicações sobre o reajuste do Ciclo de Gestão e sobre outras pendências!

Na semana passada, o governo federal editou algumas medidas provisórias para reajustar os salários de certas carreiras de servidores públicos federais. Chamaram a atenção os reajustes dados aos auditores da Receita Federal e aos servidores do Ciclo de Gestão.

Alguns comentários devem ser feitos antes de qualquer análise:

1. O prazo final para que o governo federal desse quaisquer reajustes neste ano era 30 de junho de 2006, sendo que foi exatamente nesta data que as medidas provisórias acima citadas foram editadas. Ou seja, o governo federal deixou propositalmente os reajustes dos auditores da Receita Federal e dos servidores do Ciclo de Gestão para o último dia possível. Assim, qualquer outra categoria que reclamasse da diferença de tratamento teria a resposta "sinto muito, mas só podemos conversar no ano que vem!";

2. O reajuste dos auditores da Receita Federal, de acordo com o site do Unafisco (www.unafisco.org.br), incidirá exclusivamente sobre gratificações, sendo que a maior parte do reajuste virá através de uma nova gratificação calculada sobre o incremento de arrecadação da SRF (Gratificação de Incremento da Fiscalização e da Arrecadação – GIFA);

3. O reajuste dos servidores do Ciclo de Gestão, de acordo com o site da Unacon (www.unacon.org.br), será de 20% no vencimento básico a partir de 1º de julho de 2006, acrescidos de 3 parcelas de 4% implementáveis nos meses de julho de 2007, julho de 2008 e julho de 2009.

O SINAL-RJ, diante dos fatos acima expostos, conclui que:

1. O reajuste dado aos auditores da Receita Federal, por ser fortemente baseado em metas de arrecadação, é difícil de ser utilizado como um paradigma para o BC;

2. O reajuste dos servidores do Ciclo de Gestão, porém, deve servir de paradigma para o BC, demonstrando claramente que era inverídico o discurso do governo de que não havia recursos para os reajustes pleiteados pelos servidores do BC e por outras categorias;

3. Infelizmente, enquanto os Secretários dos Órgãos aos quais são vinculados os auditores da Receita Federal e os servidores do Ciclo de Gestão se empenham profundamente em trazer conquistas para seus profissionais, a Dirad só mostra eficiência e agilidade na ameaça e na implementação do corte do ponto durante nossas greves;

4. Durante as nossas negociações salariais, o sr. Sérgio Mendonça, negociador oficial do governo federal, freqüentemente dizia que o Banco Central era a única instituição em que os seus dirigentes não misturavam as coisas e sentavam à mesa como negociadores do governo. Em outras palavras, enquanto nos demais Órgãos os Secretários negociam defendendo seus funcionários, a Dirad assume o papel de "mais realista que o rei" e tenta ser mais governo do que o próprio PT!

Por fim, informamos que o SINAL já conseguiu uma reunião com a Dirad na próxima sexta-feira, dia 7 de julho de 2006, às 10h, para cobrar do sr. Fleury uma posição sobre o porquê de o reajuste dos servidores do Ciclo de Gestão ter sido maior do que o aumento dos servidores do BC (e sobre outras pendências da nossa campanha salarial de 2005/2006, como, por exemplo, a concessão de AE´s para todos os servidores do Banco).

SINAL-RJ

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