Edição 98 - 06/09/2006

Dia 5 de setembro de 2006: um longo dia do SINAL no Senado

 

 

 

 

Foram catorze os conselheiros do SINAL que se reuniram em Brasília para pressionar pela aprovação da MP 295 no Senado.

 

Doze horas – 9 da manhã às 9 da noite – numa batalha de conversações, contatos, idas e vindas, fluxos e refluxos.

 

A partir das 16 h, num plenário com um quórum surpreendente (chegou a 66, de um total de 81 senadores), assistiram a uma sessão de disputa política entre oposição e governo, acusações e afagos.

 

Sessão inócua. Interesses eleitorais regionais levaram o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) a ameaçar  obstaculizar qualquer votação, em nome da defesa do interesse de seu povo – reserva de mercado para a Zona Franca de Manaus.

 

A intervenção de um de seus pares, José Agripino Maia (PFL-RN) com quem, dentre tantos outros, nossos conselheiros haviam conversado, foi fundamental. Associado à posição do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez um apelo a Virgílio para que se votasse as matérias de consenso, entre elas a MP 295, que ele citou nominalmente, referindo-se a não trazer qualquer prejuízo aos funcionários do Banco Central.

 

Acordou-se então que o presidente do Congresso, a liderança do governo no Senado e o senador Virgílio fariam uma reunião com o governo para esclarecimentos e negociação sobre a questão inicial.

 

Acordo feito, e como apenas a MP 295 havia sido encaminhada pela Câmara ao Senado até àquele momento, a ordem do dia chegou até ela, que foi, então, finalmente aprovada. 

 

Cansada, mas firme, resoluta e decidida, toda a bancada do SINAL estava lá. Como estivera desde ontem cedo na Câmara, ao longo de todo o dia 4.

 

Foi uma batalha para a qual os conselheiros do SINAL foram convocados.  Uma luta que, para muitos, estava perdida. O SINAL acreditou, fez a sua parte e, muito devido a esse empenho, sobretudo no Senado, conseguiu e reverteu uma tendência negativa em favor da categoria que representa.

 

Parabéns a esse regimento.  Foram catorze componentes, de todas as dez capitais onde o BC tem representação – dois de Belém, um de Fortaleza, uma de Recife, um de Salvador, um de Brasília, o  Presidente Nacional,  um de BH, dois do Rio, um de São Paulo, dois de Curitiba e uma de Porto Alegre – colocados dentro do Congresso por dois dias inteiros. Registramos também o empenho da Direção do BC na aprovação da MP, atuação que se fez notar nos dois dias de negociação.

 

Parabéns ao CN do SINAL pela decisão do esforço concentrado no Parlamento. MP aprovada, agora é construir o caminho para resgatar janeiro de 2007, com a recuperação salarial em relação a outras categorias.

 

Essa construção, já a iniciamos ontem mesmo pela manhã, em reunião com o deputado Gilmar Machado (PT-MG).  O parlamentar se dispôs a ser o nosso interlocutor, com a formação de uma base parlamentar para sedimentar AGORA o caminho já reconhecido pelo governo, inclusive com verificação e apresentação de emenda orçamentária na LDO.

 

Como nos disse o deputado, palavras só não adiantam, se não construirmos efetiva e tecnicamente a via do resgate salarial dos funcionários do BC.  A luta, portanto, continua: rumo a janeiro de 2007.

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