Edição 0 - 23/04/2003

Lula viu o – picolé. O picolé é da – Lili. Lili dá o picolé a – Lula.

Assim ‚ f cil. Come‡ar a
reformar a casa pelo escrit¢rio.

      s¢
ir …s “gavetas” – os SERPROs do pa¡s – e, olhando de cima para cada uma, dar
in¡cio … “arruma‡Æo”: basta um comando nos programas, e saltam “onzes-por-cento”
pra todos os lados. E mais “cincos-por-cento” por cada um que se atrever a
“desobedecer” … ordem de “ser solid rio” com o Brasil, e quiser sair antes do
que passar  a ser o novo limite para a aposentadoria. Como se a solidariedade,
tornada assim compuls¢ria, tivesse algum valor.

    
Dif¡cil ‚ ir aos s¢tÆos e poräes. Entrar nos ambientes escuros, soturnos e
cheios de mist‚rio, para abrir as janelas e deixar a luz entrar.

     
dif¡cil, porque se podem ver, entÆo, a poeira da mentira que se joga nos olhos
do povo, as teias de aranha que ‚ preciso afastar da passagem, os ba£s enormes
trancados a sete chaves. Misteriosos ba£s cheios de inconfess veis segredos.

      mais
f cil come‡ar pelo picol‚ da Lili porque ele est  … vista, ao alcance. NÆo
existe picol‚ em Caixa-2.

     Assim
se come‡a a reforma do Brasil: pela Previdˆncia Social, onde as cartas marcadas
dos contra-cheques sÆo um caminho curto para arrecadar dinheiro f cil. A reforma
mais covarde, porque s¢ abrange os indefesos, baseada numa campanha mentirosa e
hip¢crita, que de um lado usa uma numerologia falsa, enquanto de outro faz
apelos piegas para engambelar a sociedade toda.

     A
limpeza dos s¢tÆos? Essa fica – se for feita – para depois. A corrup‡Æo no
sistema da previdˆncia, o desvio de bilhäes que nunca foram repostos, as
elisäes, a evasÆo e a ren£ncia fiscais, as isen‡äes de entidades ditas
beneficentes. Mexer nisso, ser  que vÆo? Quantos e quantos bilhäes
fraudulentamente desviados nÆo poderiam abarrotar as burras do governo, que
(re)veria um dinheiro seu de direito, sem que fosse preciso achincalhar o
servidor p£blico? Mas ‚ processo lento, dif¡cil, de sucesso duvidoso: quanto
dinheiro tem sido desviado e quanto se conseguiu de volta?  muito mais f cil
mexer nas contribui‡äes dos funcion rios p£blicos.

     Como ‚
f cil tamb‚m para os governadores se aliarem e “tomarem-l -darem-c ” para
arrecadar dos aposentados, como forma de resolver o grave problema de caixa dos
Estados.

     NÆo
vemos, por‚m, alian‡as para o combate aos il¡citos cambiais e aos crimes de
lavagem de dinheiro que, segundo noticia a imprensa, vˆm sendo atribu¡dos a pelo
menos dois deles. Quantos Silveirinhas ainda andarÆo soltos e quantas fortunas
estÆo a salvo nas Ilhas Cayman?

     E isso
acontece enquanto servidores mendigam, humilhados, o pagamento de sal rios em
atraso em alguns estados; enquanto a popula‡Æo aguarda que recursos p£blicos
desviados para campanhas eleitorais retornem para se reverter em benef¡cios
sociais.

    
Crescimento de produ‡Æo, cria‡Æo de empregos, inclusÆo social? Bl …, bl …,
bl … Atitude, mesmo, s¢ o aumento do super vit e dos juros. Aumenta-se a taxa
(que j  est  nas alturas) com o argumento de que ela ‚ pr‚-requisito para as
reformas: asseguraria aos investidores estrangeiros – de que o Brasil precisaria
para se desenvolver – que seus recursos voltarÆo, “engordados”; que o risco de
aplica‡Æo no pa¡s seria menor. Se, por‚m, os juros fossem menores, haveria
recursos suficientes para tocar o desenvolvimento sem ser necess ria uma reforma
tÆo contundente e agressiva.

    
Pergunta-se entÆo: feitas as reformas, finalmente, nos moldes como pretende o
governo, os juros baixarÆo? SerÆo eles conseqˆncia ou causa da falta de
desenvolvimento do Brasil?

     Que
venha o atual governo com sua nova forma de confisco “constitucional”: Lilis e
Ivos do Brasil nÆo terÆo como negar-lhe os picol‚s.

    Prepare-se,
por‚m, para o futuro: a vingan‡a um dia vir . Maligna.

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