Edição 49 - 17/05/2007

Fala sério ….

Ontem, a assembléia do Rio de Janeiro com aproximadamente 250 pessoas (221 assinaturas na lista), por unanimidade, considerou insuficiente a proposta apresentada pelo governo na Mesa de Negociação, que consistia em antecipar em apenas 2 meses a 2ª parcela do reajuste salarial, passando-a de julho/08 para maio/08. Assim, o governo tornou clara a sua posição de desrespeito para conosco e não nos deixou outra opção e não ser a continuidade da greve.

Em Brasília, onde aumenta a mobilização a cada dia, e nas outras regionais, o sentimento foi o mesmo. O Governo poderia ter viabilizado uma proposta para chegarmos a um bom acordo, mas não o fez. Ao escrevermos essas linhas não tínhamos informação apenas da assembléia de Porto Alegre.

Ainda ontem, demonstrando um indisfarçável incomodo com o recrudescimento de nossa greve, a chefia do DEPES se reuniu com o Sindichefe (Chefes de departamento) e contou uma "história da carochinha": que os sindicatos estavam pedindo muito, que estariam dificultando a negociação, que o Governo estava surpreso, e blá, blá, blá….

Ora, Dona Miriam, até parece que a senhora não sabe o que é negociar. Seria de se estranhar é se os nossos representantes estivessem achando tudo ótimo e considerando excelente a proposta " em suaves prestações" trazida pelo Governo. Ou será que a senhora considera boa uma proposta que traz como "avanço" a antecipação de apenas dois meses, e que só acontecerá daqui a um ano? E porque em sua "palestra" não mencionou uma só linha de crítica à limitada proposta do Governo? Como diria mestre Bussunda. …"Fala sério".

Na verdade, não contavam com a firmeza demonstrada pelo funcionalismo e achavam que aceitaríamos o primeiro prato que nos fosse colocado. Já foi tempo.

O nosso pleito é justo, reconhecido inclusive pela bancada parlamentar suprapartidária que nos apóia. Se o governo está dificultando a negociação, cabe a nós, de forma firme e serena, quebrar essa resistência.

Ainda hoje continuaremos a ampliar o apoio parlamentar no Congresso e, caso seja confirmada a reunião da Mesa para a parte da tarde, esperamos que o Governo/BC deixe de lero-lero e nos apresente uma proposta aceitável, pois ninguém mais do que nós quer resolver logo essa situação.

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