SINAL se reúne com o Diretor de Administração do BC
Em reunião realizada ontem, no 21º andar do Edifício-Sede do BC, em Brasília, de 14h40 às 16h50, a Diretoria Executiva Nacional do SINAL levou ao Chefe da Dirad as preocupações fundamentais que afligem o funcionalismo da Casa neste momento, dado o descumprimento, pelo Governo, do acordo financeiro assinado em 26.11.2007, e cobrou uma atuação incisiva e decisiva da diretoria da Instituição, sobretudo do Presidente Meirelles, na resolução da demanda.
O Presidente do SINAL ressaltou que a categoria aguarda ansiosa, porém confiante, pois não admitirá outra solução que não o estrito cumprimento do que foi acordado com a direção do BC e o Governo, após todo um exaustivo processo de negociação, que vem desde 2005. Cobrou-se novamente do Diretor, também, a necessidade premente de uma reunião do Sindicato com o Presidente do Banco Central.
O Diretor de Administração, por mais de uma vez, assegurou que a diretoria do BC está totalmente voltada para a implementação do acordo assinado, com o envolvimento de todos os diretores e chefes de unidades nesse sentido, e principalmente do Presidente Meirelles.
Acrescentou que toda a interlocução junto ao Governo vem sendo feita, dentro da alçada da cada diretor, sobretudo pelo Presidente-Ministro, que vem dedicando todo o seu empenho na resolução da questão.
Ressaltou que a direção da Autarquia em momento algum recebeu qualquer sinalização de que o acordo não será cumprido; ao contrário, isso poderá ocorrer tão logo sejam feitos os ajustes orçamentários decorrentes da perda dos recursos da CPMF pelo Governo.
Disse que esteve com o Secretário de Recursos Humanos do MPOG na semana passada e lhe destacou o caráter da negociação do BC. Lembrou a Duvanier Paiva a diferença do nosso acordo para o de outras categorias congêneres, uma vez que estamos lutando neste momento para chegar, em termos salariais, onde elas já se encontram há muito tempo.
Relatou-nos que o SRH afirmou ter plena consciência desse fato. Para tanto, o Secretário afirmou que o Ministério, implementado o acordo do BC, manterá as portas abertas para novas negociações com a Autarquia, em 2008 e 2009, de forma a se caminhar para o ajuste dos salários do BC ao topo das carreiras do Executivo.
Anthero Meirelles nos transmitiu ainda a palavra do Secretário de que não se pensa em descumprir os acordos. Até porque, segundo Duvanier Paiva, é pretensão deste governo ser lembrado pela negociação com os servidores do Estado.
Finalizou sua exposição dizendo não conseguir ver de que forma as faixas que vêm sendo colocadas pelo SINAL, na entrada dos edifícios do Banco em todo o País, contribuem no objetivo de se buscar a implementação do acordo, vez que expõem um parceiro fundamental, que é o Presidente Meirelles.
O Presidente do SINAL voltou a destacar que não há intenção de qualquer confronto do Sindicato com a direção do BC, muito menos com o Presidente Meirelles. Reiterou, porém, a necessidade de uma firme cobrança do cumprimento do compromisso assumido pelo Governo, a começar pela direção da Casa, teoricamente a maior interessada no bem-estar e satisfação da categoria.
E que, nesse sentido, também não conseguia ver como as faixas citadas poderiam sinalizar o confronto, e não a cobrança. Ressaltou que seus dizeres, escolhidos pelo Sindicato, apenas registram o óbvio – "Acordo assinado é para ser cumprido" -, e estão dirigidos a quem cabe seu cumprimento, ou seja, o Governo, cujos representantes exponenciais, para o BC, são os Presidentes Lula e Meirelles.
David Falcão finalizou acentuando, com veemência, a necessidade de uma reunião urgente do SINAL com o Presidente do Banco Central e de uma comunicação mais direta e clara da direção do BC com a categoria, dada a gravidade do momento que a Instituição e os seus funcionários estão vivendo.
Da reunião participaram – além do Chefe da Dirad, Anthero Meirelles, e do Presidente do SINAL, David Falcão – a Chefe do Depes, Miriam, a Chefe-Adjunta, Nilvanete, e a Consultora da Dirad, Carolina, pelo Banco; pelo SINAL, os diretores Belsito, Calovi, Getúlio e Júlio.