Edição 9 - 24/01/2008

Unafisco se prepara para o confronto



O caminho agora é a greve

Extraído do site www.unafisco.org.br

A ausência de qualquer sinalização do governo, na reunião do último dia 18, deixa evidente que o momento agora é de mobilização para um iminente movimento paredista. A estratégia utilizada até o presente seguiu a linha defendida pela DEN (Diretoria Executiva Nacional), inclusive como proposta de campanha, e referendada pela classe por meio de suas instâncias, em especial pela assembléia nacional. A disposição para o diálogo e para a negociação como uma etapa do processo de construção do atendimento dos pleitos dos Auditores-Fiscais atendeu ao que foi proposto, mas está esgotada. Diante da falta de uma proposta concreta e efetiva por parte do governo, que atenda aos anseios da classe, parte-se agora para uma nova etapa, que é a preparação para o confronto.

Desde agosto, quando assumimos o Sindicato, buscamos construir nossa campanha com base no diálogo e na negociação, aglutinando forças com outras entidades representativas dos Auditores-Fiscais, reservando o uso do instrumento greve apenas como um último recurso. Os Auditores-Fiscais cumpriram fielmente o seu papel durante o desenvolvimento das negociações, inclusive suspendendo paralisações, numa demonstração de que confiavam no processo e na responsabilidade do governo. Infelizmente a outra parte, no caso o governo, não demonstrou a mesma disposição para solucionar os problemas e reconhecer a importância do Auditor-Fiscal para o Estado.

Com dificuldade para garantir maioria no Congresso para votar a CPMF, o governo adotou o discurso de que precisava concentrar seus esforços na manutenção da contribuição, postergando a apresentação de uma proposta concreta aos Auditores-Fiscais. Passado esse momento, passou a utilizar a não aprovação da CPMF e a readequação do orçamento como desculpa para continuar postergando a finalização da negociação.

Nesse contexto, não há mais possibilidade de se continuar apostando numa negociação cujas reuniões não avançam e nada sinaliza para a conclusão de um diálogo que já se estende por meses. Estaremos sempre abertos à apresentação de uma proposta que atenda às nossas reivindicações, mas o momento agora é de mobilização e o caminho dos Auditores-Fiscais é o da greve.

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