Edição 0 - 16/06/2008

A RESPONSABILIDADE PELA VALORIZAÇÃO INSTITUCIONAL É DA DIRETORIA COLEGIADA DO BC

Atitude, comprometimento e ousadia são expectativas dos servidores no momento

Como todos temos conhecimento, em 2006 os servidores do BC não foram contemplados com o mesmo índice de reajuste dado às demais categorias de servidores públicos, visto que a MP-295/2006, que instrumentalizava, à época, o nosso acordo, já tramitava no Congresso quando o Governo resolveu modificar sua política de reajustes para os demais servidores públicos.

Aos servidores do BC coube o sofrido, minguado e humilhante índice de 10%, enquanto as demais categorias (Ciclo de Gestão, CVM, Susep, etc.) eram contempladas com o mesmo índice da RF (35%, aproximadamente).

Assim, ficamos credores do Governo, pelo seu compromisso assumido em mesa de negociação – de que a Receita Federal seria o nosso paradigma em termos salariais.

O fato é que até o presente momento, ou seja, decorridos aproximadamente dois anos, não sentimos em nossas contas bancárias os efeitos financeiros do que nos é devido, embora a promessa de que o "justíssimo acerto" para os servidores do Bacen, que não pôde ser incluído na MP 295, estaria apalavrado, pelo governo, para janeiro/2007, quando findasse a restrição da Lei eleitoral.

Na esteira dos sucessivos atos desrespeitosos aos servidores do BC, deparamo-nos com um Acordo Salarial não cumprido sob a argumentação de problemas orçamentários (só para eles).

Dessa forma, a proposta apresentada semana passada, pelo Governo, de retroação de apenas dois meses do Acordo Salarial, para compensar dois anos de perdas, soa como uma provocação aos servidores. Aliás, foi esse o sentimento esboçado nas assembléias e nas centenas de discretas ligações ao Sindicato implorando esforços para o êxito na "moratória" do consignado do Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal.

Mais revoltante, ainda,  é o fato de os servidores do BC, colocados na "espera", assistirem perplexos à conclusão da segunda rodada de negociação com as mesmas carreiras, acentuando ainda mais a diferença salarial, fruto do distanciamento com a  RF, principalmente nos níveis de ingresso, em momento tão importante para o BC de renovação se deus quadros.

Assim, é preciso que a construção de uma nova proposta, que estaria sendo elaborada pelo BC/MPOG, não seja limitada por rancores e paradigmas preconceituosos contra os funcionários do BC.

O funcionalismo aguarda uma proposta que recoloque, definitivamente o BC na merecedora posição de destaque entre os órgãos de governo, devolvendo a ele a atratividade para recrutar, e nele permanecer, o que há de melhor no mercado em recursos humanos. Aguarda-se, também, apresentação de proposta modernizante para a carreira e, também, a recompensa pelas elevadas perdas acumuladas.

Não merecem os servidores do BC uma segunda década de decadência institucional, de desqualificação e desmotivação de seus quadros, no momento em que se apontam novos desafios.

Esperamos que desta vez, aprendendo as lições anteriores, a Diretoria Colegiada do BC não seja tão crédula das argumentações contrárias que lhes serão apresentadas e nem mais realista do que o próprio rei.

Esperam os servidores do BC que, em nome da instituição BANCO CENTRAL e em respeito ao seu funcionalismo, a Diretoria Colegiada do BC, capitaneada por seu Presidente-Ministro Henrique Meirelles, demonstre o comprometimento institucional necessário, com atitude e ousadia.

Conselho Regional do SINAL-RJ

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