Edição 39 - 02/09/2008

ASSINATURA DA MEDIDA PROVISÓRIA

 

SINAL DE ALERTA

Informativo n. º 39                                                  02 de setembro de 2008

 

 

Assinada a Medida Provisória que trata do nosso reajuste o SINAL/DF faz sua reflexão, autocrítica e, sobretudo, olha para frente. Temos que atuar na sua aprovação no Congresso Nacional, na correção de suas impropriedades e na elaboração de um Plano de Carreiras adequado a nossa realidade. O passo seguinte será a retomada de luta pelo reconhecimento do valor do Banco Central e a compatibilização do salário de seus servidores com as funções exercidas pela Instituição

 

O contexto da nova luta envolverá necessariamente a regulamentação da lei de greve e a crescente aproximação entre as carreiras típicas do Estado. Mesmo concorrentes tanto no bolo orçamentário quanto na busca de recursos humanos em concursos, cresce nas carreiras de Estado a percepção da possibilidade de atuação conjunta nas questões de interesse comum, como, por exemplo, a defesa dos agentes públicos contra ingerência política.

 

Implicará também no envolvimento de outros atores ou intensificação de parcerias, tais como o suporte dado a deputados e senadores ligados às questões econômicas e de Estado. Na mídia informativa e formadora de opinião, razoável conhecimento se tem de questões monetárias e cambiais, mas pouco se sabe sobre outras áreas de atuação do Banco como normatização e fiscalização do Sistema Financeiro Nacional; comemora-se o fato do Brasil ser credor internacional mas não se dá os devidos créditos à complexidade da gestão do volume atual de reservas cambiais – apenas para ficar em dois exemplos. O Sindicato pode e deve ser veículo de transmissão de conhecimento de servidores do Banco Central para profissionais da imprensa, inclusive com cursos de formação. Este investimento não seria propriamente uma novidade no meio sindical, o retorno também não.

 

Dois outros setores dos quais o Sindicato, ou melhor, os servidores por meio do Sindicato, podem se aproximar são os consumidores de serviços bancários – e respectivos órgãos e associações de defesa; e os centros de pesquisa de universidades. Os primeiros por serem direta ou indiretamente clientes de nosso trabalho e por carecerem de informações sobre o funcionamento do SFN, informações essas que produzimos ou dispomos e que, mesmo sendo públicas, não necessariamente chegam aos interessados.

 

Os departamentos de pesquisa, por sua vez, muitas vezes não têm acesso a dados que os servidores lidam diariamente. Não podem e não devem, por exemplo, ter acesso por serem dados protegidos pelo sigilo bancário. Mas informações consolidadas poderiam ser úteis para pesquisas e o Banco Central tem sido promissor no incentivo à formação acadêmica. Servidores têm qualificação para realizar parcerias de pesquisa e já o fazem. A escala poderia ser ampliada com o apoio do Sindicato e, respeitando o tratamento sigiloso que os servidores dão aos dados que trabalham, novas pontes poderiam ser criadas.

 

O resultado de colaborações acadêmicas e com os consumidores bancários seria o estabelecimento do servidor do Banco Central como uma referência de conhecimento e de solidariedade.

 

Devemos nos perguntar que Sindicato queremos. O que manter e o que modificar nas nossas diretrizes de atuação. O fórum desses debates será a XXII Assembléia Nacional Deliberativa – AND, onde delegados eleitos pelos filiados de todo o País discutem desde detalhes do Estatuto até o delineamento das diretrizes de atuação política do Sindicato e outros temas mais abrangentes e variados como autonomia do Banco Central, valor das mensalidades, etc.

 

O SINAL/DF está elaborando propostas para serem sugeridas ao Conselho Nacional para integrarem a temática da próxima AND. Estas propostas serão complementadas com sugestões de nossos filiados e após avaliação do Conselho Regional serão submetidas à aprovação dos filiados por meio de votação eletrônica. Este processo garantirá que os conselheiros regionais conheçam a opinião do filiados de Brasília e possam defendê-las durante a escolha dos temas da próxima AND a ser feita pelo Conselho Nacional.

 

Os filiados de Brasília podem, desde já, enviar sugestões de temas para a AND, as quais, se aprovadas em VE, serão defendidas pelos delegados eleitos em Brasília por esses mesmos filados.

 

CONSELHO REGIONAL DE BRASÍLIA

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