Reajuste de julho: governo quer repetir o calote de 2007
A história se repete: pouco mais de um ano depois de descumprir o acordo salarial alegando o impacto nas contas públicas em face de uma pretensa queda na arrecadação devido à rejeição da CPMF pelo Congresso Nacional, agora o governo chama as entidades sindicais para "avaliar o cenário da crise econômica".
Ontem pela manhã dirigentes de entidades sindicais de servidores públicos foram convidados pelo Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para uma reunião às 18h desta quarta-feira (Veja aqui o ofício de convocação). A pauta não é clara, mas a imprensa vem antecipando o que o governo pretende colocar na mesa: adiamento, parcelamento ou simplesmente o calote na parcela de reajuste de julho.
O Sinal vem alertando reiteradamente para essa intenção do governo (veja Apitos 19, 20 e 21), tendo levado essa preocupação ao Presidente do BC, Henrique Meirelles, em reunião no dia 19 de fevereiro (Veja Apito 18) .
Desde então, o Sinal vem contatando os demais sindicatos de servidores no âmbito do MDEB(Movimento Nacional em Defesa do estado Brasileiro) e do FONACATE(Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado), tendo ontem essas entidades se reunido (pela manhã no Sinal e à tarde na Anfip), decidindo por uma atuação articulada, em torno de um conjunto de ações que teve início com a elaboração de um manifesto assinado por todos os membros do MDEB.
Hoje à tarde voltaremos a nos reunir na sede do Unafisco, para a definição de uma estratégia conjunta para o encontro com o Ministro Paulo Bernardo. Daqui a pouco, o Conselho Nacional do Sinal se reunirá em teleconferência para avaliar o cenário e indicar os próximos passos da mobilização contra mais esta tentativa de quebra de acordo.