Edição 0 - 06/10/2003

Faltam quatro dias

Faltam quatro dias. A pr¢xima sexta-feira, 10 de outubro, ‚ o
prazo que nos demos – funcionalismo do Banco Central em assembl‚ias em todas as
regionais – para a chegada do Projeto de Lei do PCS ao Congresso Nacional. Mas,
pelo andar da carruagem (ou pela falta dele), o funcionalismo do Banco come‡a a
deparar-se com a possibilidade de ter que vir a retomar atitudes mais dr sticas
para ter, verdadeiramente, a aprova‡Æo do PCS neste final de ano.

Confiando mas desconfiando, os servidores do BC,
corretamente, em assembl‚ias em todo o Brasil, decidiram pelo indicativo de
greve a partir de 13/10, caso nÆo fosse cumprido o referido prazo. Tal decisÆo
foi necess ria porque, al‚m das recentes experiˆncias frustrantes nesse assunto,
nÆo temos compromisso do governo de enviar o projeto do PCS em regime de
urgˆncia urgent¡ssima.

O estado de esp¡rito e o ƒnimo dos servidores desta Casa nÆo
comportam mais movimentos vacilantes e nem promessas vazias. Estamos
completando, hoje, 847 dias de campanha salarial! Chega de posterga‡äes!
Precisamos de fatos concretos.

Ser  inevit vel, no dia 13/10, retomarmos as paralisa‡äes
caso o projeto nÆo tenha chegado ao Congresso. A dire‡Æo do BC, at‚ aqui, nÆo
vem fazendo a sua parte: manter, para tranqilidade de todos, o funcionalismo
informado sobre o andamento do projeto.

O que todos queremos ‚ poder trabalhar em paz. Para tanto,
buscamos digna e legitimamente uma carreira justa, um sal rio digno, condi‡äes
adequadas de trabalho, um plano de sa£de decente, investimento em treinamento e,
sobretudo, respeito. A implementa‡Æo do PCS em pauta representa pequena parte
desse conjunto de medidas. EntÆo, por que a indiferen‡a do BC?

Trabalhamos em uma institui‡Æo considerada estrat‚gica para o
pa¡s, mas que vem sendo esvaziada em suas atribui‡äes ao longo de anos.
Carecemos, al‚m do mais, de uma pol¡tica de recursos humanos … altura de nossas
pr¢prias qualifica‡äes e do que deveria ser o grandioso papel do Banco Central.
NÆo ‚ de hoje, sabemos, que falta ao Bacen uma visÆo humana e valorizadora de
seu corpo funcional como um todo.

Como nÆo temos esse reconhecimento de cima para baixo,
podemos e devemos mostrar … dire‡Æo do Banco do que somos capazes. De valorizar,
como um conjunto forte e consciente, nossas carreiras e nossas obriga‡äes no BC
de maneira a conduzi-lo de volta ao pleno exerc¡cio das fun‡äes para que foi
talhado, qui‡  outras nas quais poderia ter papel mais relevante e £til para a
sociedade, e que ainda nÆo exerce.

O funcionalismo desta Casa precisa ter sempre em mente essas
questäes, e, neste momento espec¡fico, estar alerta em nome de um PCS que pode
ser o passo inicial dessa necess ria e urgente valoriza‡Æo. NÆo podemos cruzar
os bra‡os. Devemos come‡ar a contagem regressiva na busca de direitos leg¡timos,
parte inerente ao nosso trabalho.

Lembrem-se: faltam quatro dias!

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